
A Polícia Federal prendeu, na última terça-feira (18), o advogado Thiago Marcos Barbosa de Carvalho, em Palmas (TO), durante uma operação que investiga o vazamento de dados sigilosos do Judiciário. Ele é suspeito de envolvimento em crimes como obstrução de justiça, corrupção ativa e passiva e violação de sigilo funcional.
Thiago trabalhava como assessor jurídico na 3ª Procuradoria de Justiça do Ministério Público do Tocantins (MPTO) e recebia um salário bruto de quase R$ 23 mil. Após sua prisão, ele foi exonerado do cargo. Além dele, o jornalista e ex-prefeito de Almas, Goianyr Barbosa de Carvalho, também foi preso. Durante a operação, agentes encontraram uma mochila com R$ 22,5 mil na casa de Goianyr, que teria tentado jogar o dinheiro pela janela ao perceber a chegada da polícia.
A ação faz parte de um desdobramento da Operação Sisamnes e foi autorizada pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, um de prisão, além de medidas como afastamento de funções públicas, proibição de contato entre os investigados e recolhimento de passaportes.
O advogado, que usava as redes sociais para criticar políticos e acusá-los de corrupção, agora está no centro de uma investigação que apura um suposto esquema de venda de informações sigilosas de processos supervisionados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O MPTO declarou que todas as medidas determinadas pelo STF foram seguidas, incluindo a exoneração de Thiago. Já a defesa do procurador Ricardo Vicente da Silva, que também é investigado, informou que não vai se pronunciar até ter acesso ao inquérito.