A operação conjunta do Imepi e da Secretaria de Segurança Pública do Piauí expôs uma fraude que afeta diretamente o bolso do consumidor: a "medida baixa" das bombas dos postos de gasolina. Durante a ação, fiscais encontraram cerca de 40 placas com suspeita de fraude em Teresina e do interior.
A prática, que engana o consumidor no momento do abastecimento, faz com que o painel da bomba marque um valor maior do que a quantidade de combustível que efetivamente está entrando no tanque do veículo. Ou seja, você paga por litros que não está recebendo. Todas as placas suspeitas foram recolhidas dos postos e agora seguirão para uma análise minuciosa em laboratórios credenciados pelo Inmetro. A investigação vai confirmar e detalhar como a fraude era realizada.
De acordo com o diretor-geral do Imepi, Júnior Macedo, a operação foi articulada com o trabalho de inteligência de policiais da SSP, com objetivo de defender os consumidores e desarticular um esquema ligado ao crime organizado. “Nós estamos há meses em contato com o secretário Chico Lucas trabalhando em conjunto nessa operação especial. Esses postos de combustíveis estavam lesando os consumidores na hora de abastecer seu veículo, além de serem ligados ao crime organizado”, explicou.
Ao todo, a Operação Carbono Oculto 86 identificou, em 49 postos de combustíveis do Piauí, Maranhão e Tocantins, um braço financeiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) infiltrado no setor de combustíveis, com movimentações que ultrapassam R$ 5 bilhões em todo o país, sendo R$ 300 milhões em empresas sediadas no estado.
Segundo o inquérito, o grupo criminoso utilizava empresas de fachada, fundos de investimento e fintechs para disfarçar a origem ilícita dos recursos. Mais de 70 CNPJs e 504 notas fiscais eletrônicas foram emitidos por distribuidoras ligadas à facção.
Em caso de irregularidades, o consumidor pode fazer uma denúncia do aplicativo Fala Consumidor, disponível nas lojas de aplicativo de celular, ou via WhatsApp do ouvidoria do IMEPI: (86) 99456-1921. Quem for abastecer, deve ficar atento ao display da bomba no momento do abastecimento, certificando-se de que a marcação foi zerada antes de começar, e exigir a nota fiscal.
Fonte: ASCOM/PI
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