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DIA DO FOTOJORNALISMO

Fotógrafa registra praças que resistem ao tempo em Teresina

As praças históricas do Centro de Teresina foram registradas pela fotógrafa Maria Catiany ressaltando a importância da foto como documento de memória

Natalia Costa - Repórter

Terça - 02/09/2025 às 14:56



Foto: Maria Catiany Praça da Banderia
Praça da Banderia

Nesta terça-feira (2), é celebrado o Dia do Fotojornalista, data que homenageia os profissionais que, por meio da fotografia, narram fatos, registram emoções e dão visibilidade a acontecimentos que marcam a sociedade. Segundo a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), o Brasil possui mais de 200 mil fotojornalistas e fotógrafos em atuação no país. A jornalista e fotógrafa Maria Catiany de Oliveira é uma dessas profissionais. 

Jornalista e fotógrafa, Maria Catiany de Oliveira | Foto: Arquivo Pessoal

Na fotorreportagem intitulada “Retratos Fantasmas: um ensaio sobre as praças que resistem à longa exposição do tempo”, que é seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), ela registrou as praças da Bandeira, Rio Branco, Pedro II e João Luís Ferreira e as transformações passadas ao longo dos anos.

"O critério de escolha dessas praças foi exatamente o peso histórico para a cidade e a importância desses espaços. Lógico que todas têm relevância, mas as escolhidas foram imprescindíveis para o crescimento e surgimento de Teresina", afirma.

Praça Pedro II | Foto: Maria Catiany

Mais do que uma imagem, o trabalho do fotojornalista é um documento histórico que ajuda a contar a realidade de um tempo. É esse caráter documental que o trabalho de Maria Catiany evidencia.

Eu acredito que o meu trabalho contribui para a preservação dessa identidade, porque ele tem esse caráter documental de mostrar como esses espaços estão em 2025, assim como é possível ver na internet como eram no passado, destaca.

O professor de fotografia da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Cantidio Filho, ressalta que vivemos em uma época marcada pelas imagens. Com a internet, tanto a produção quanto a circulação e o consumo de informações se intensificaram.

“O trabalho do repórter fotográfico se tornou mais desafiador, porque precisa entregar imagens com qualidade. Para ser um bom profissional, é necessário domínio técnico da câmera, conhecimento de linguagem e de composição, além de ética, para estabelecer um diálogo capaz de gerar fidelidade e confiança nos leitores”, explica.

Praça Rio Branco | Foto: Maria Catiany

No Brasil e no mundo, muitas imagens se transformaram em ícones do jornalismo, retratando guerras, protestos, tragédias, conquistas esportivas e momentos culturais. Esses registros não apenas ilustram matérias, mas também se consolidam como memória coletiva e fonte de reflexão social.

Para Maria Catiany, a maior contribuição do seu trabalho é oferecer novas perspectivas sobre as praças fotografadas em Teresina.

Por exemplo, no meu trabalho, busquei entender como essas praças resistem ao tempo, às intempéries e aos movimentos culturais e geracionais. Elas permanecem, assim como as pessoas que passam por elas todos os dias. Meu trabalho foca nessa interação entre o estático, os prédios e o efêmero, que é a vida que circula nesses espaços, explica.

Neste 2 de setembro, a data é um convite para valorizar o papel essencial do fotojornalismo na democracia e na preservação da memória. Cada clique é mais do que uma fotografia: é um testemunho visual da história.

Praça Rio Branco | Foto: Maria Catiany

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