Educação

SABERES TRADICIONAIS

Estudantes da UFPI vão promover ações de saúde e educação em comunidades indígenas

Iniciativa do Governo Federal apoia a permanência de estudantes de grupos vulneráveis nas universidades públicas

Sexta - 21/11/2025 às 11:49



Foto: Iniciativa do Governo Federal apoia a permanência de estudantes de grupos vulneráveis nas universidades públicas
Iniciativa do Governo Federal apoia a permanência de estudantes de grupos vulneráveis nas universidades públicas

Estudantes da UFPI vão a campo em Bom Jesus e Teresina para promover saúde junto a comunidades indígenas

UFPI vai desenvolver dois projetos com ações junto a comunidades indígenas

A Universidade Federal do Piauí (UFPI) foi selecionada para desenvolver dois projetos que vão levar estudantes e professores para trabalhar diretamente com comunidades indígenas. Os projetos fazem parte do Programa AfirmaSUS, uma iniciativa do Governo Federal que apoia a permanência de estudantes de grupos vulneráveis nas universidades públicas. As ações serão desenvolvidas nos campi de Teresina e Bom Jesus.

"Tanto o projeto de Teresina quanto o de Bom Jesus vão desenvolver ações junto a comunidades indígenas, aproximando estudantes, docentes e técnicos do modo de viver dessas comunidades tradicionais", destacou o pró-reitor de Assuntos Estudantis e Comunitários, professor Emídio Matos

O projeto de Bom Jesus, chamado "Saúde Única em Territórios Indígenas do Sul do Piauí", ficou entre os 10 melhores do país. Ele vai trabalhar com a etnia Akroá Gamela, promovendo ações de saúde e valorizando os conhecimentos tradicionais.

A professora Márcia Paula Oliveira Farias, que coordena o projeto, explicou que as atividades incluirão visitas às casas das famílias, conversas com a comunidade, identificação de plantas medicinais usadas pelos indígenas e produção de materiais educativos. "Os estudantes vão aprender a escutar a comunidade, entender suas necessidades e respeitar sua cultura", disse.

Já o projeto de Teresina vai atender indígenas Guajajara e refugiados Warao da Venezuela. Coordenado pelo professor Paulo Ângelo, a iniciativa prevê a realização de oficinas, feiras de saúde e produção de materiais bilíngues em português e na língua Warao.

As duas iniciativas envolvem estudantes de várias áreas da saúde, como Medicina, Enfermagem e Odontologia,  Nutrição, Educação Física, Farmácia, Serviço Social, Biologia e Medicina Veterinária. O objetivo é valorizar os saberes tradicionais das comunidades indígenas e melhorar o acesso aos serviços de saúde.

Ao todo, 124 projetos foram selecionados no Brasil. O programa busca fortalecer a integração entre ensino, serviço e comunidade; ampliar ações de educação permanente em saúde; promover equidade socioeconômica, étnico-racial e de gênero nas universidades; qualificar o cuidado em saúde; e reduzir a evasão universitária.

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