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Preços de alimentos caem e prévia da inflação de junho fica em 0,26%, aponta IBGE

É o primeiro recuo do grupo alimentação em nove meses, aponta Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Da Redação

Quinta - 26/06/2025 às 10:50



Foto: Embrapa Alimentos no supermercado
Alimentos no supermercado

Depois de nove meses seguidos de alta, os preços dos alimentos apresentaram queda em junho, o que ajudou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) – prévia da inflação oficial – a fechar em 0,26%. O resultado foi divulgado nesta quinta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o quarto mês consecutivo de desaceleração da inflação, o que indica que a inflação está perdendo força.

Veja o comportamento do IPCA-15 desde fevereiro, quando foi registrado o maior índice do ano:

  • Fevereiro: 1,23%

  • Março: 0,64%

  • Abril: 0,43%

  • Maio: 0,36%

  • Junho: 0,26%

O resultado de junho também foi menor do que o registrado no mesmo mês do ano passado (0,39%). No acumulado de 12 meses, o índice soma 5,27%.

Influências

Dos nove grupos de produtos e serviços analisados pelo IBGE, sete apresentaram alta em junho. Além dos alimentos, o outro grupo com queda nos preços foi educação (-0,02%).

Principais variações de preços:

  • Habitação: 1,08% (impacto de 0,16 ponto percentual no IPCA-15)

  • Vestuário: 0,51%

  • Saúde e cuidados pessoais: 0,29%

  • Despesas pessoais: 0,19%

  • Artigos de residência: 0,11%

  • Transportes: 0,06%

  • Comunicação: 0,02%

  • Alimentação e bebidas: -0,02%

  • Educação: -0,02%

A habitação teve o maior impacto, especialmente pela energia elétrica residencial, que ficou 3,29% mais cara, influenciando diretamente o IPCA-15. Isso ocorreu devido à incorporação da bandeira tarifária vermelha patamar 1, que aumentou a cobrança da conta de luz em R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos.

Impactos negativos

Dos quatro principais impactos negativos no índice, três são subitens do grupo alimentação:

  • Tomate: -7,24% (-0,02 p.p.)

  • Ovo de galinha: -6,95% (-0,02 p.p.)

  • Arroz: -3,44% (-0,02 p.p.)

Outros alimentos também tiveram variações de preços, como as frutas, que ficaram 2,47% mais baratas. Por outro lado, a cebola subiu 9,54% e o café moído aumentou 2,86%.

A deflação dos alimentos em junho é a primeira desde agosto de 2024, quando os preços caíram 0,80%. Desde então, foram nove meses de alta, com o pico em dezembro (1,47%). Em maio, a elevação foi de 0,39%.

O preço da gasolina, com maior peso na cesta de preços, caiu 0,52%, o que contribuiu para uma diminuição de 0,03 ponto percentual no IPCA-15. Outros combustíveis também registraram queda:

  • Óleo diesel: -1,74%

  • Etanol: -1,66%

  • Gasolina: -0,52%

  • Gás veicular: -0,33%

Sobre o IPCA-15

O IPCA-15 segue a mesma metodologia do IPCA, usado como referência para a política de metas de inflação do governo, que é de 3% em 12 meses, com uma margem de tolerância de 1,5 pontos percentuais para mais ou para menos. A principal diferença entre os dois índices é o período de coleta de preços e a abrangência geográfica.

Na prévia, os dados foram coletados de 16 de maio a 13 de junho e os resultados são divulgados antes do fim do mês. O IPCA-15 coleta preços em 11 localidades, enquanto o IPCA completo abrange 16 localidades.

O IPCA cheio de junho será divulgado no dia 10 de julho.

Fonte: Agência Brasil

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