A Região Metropolitana de Teresina deve ganhar uma nova ligação de metrô para Timon (MA) e dois modernos corredores de transporte como parte de um plano nacional de mobilidade. Os projetos representam um investimento total previsto de até 3,6 bilhões de reais. A iniciativa integra o Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU) do BNDES e do Ministério das Cidades.
Os três principais projetos para a capital são a expansão da Linha 1 do metrô e a criação de dois corredores de média capacidade. A ponte ferroviária sobre o Rio Parnaíba, um investimento de 286 milhões de reais, adicionará 2,5 km aos trilhos existentes e criará a primeira conexão por metrô entre os centros de Teresina e Timon. Em terra, estão planejados o Corredor Leste-Oeste, com 16,1 km entre o Parque Piauí e o Zoobotânico, e o Corredor Sudoeste, de 12,9 km ligando o Terminal Bela Vista à Universidade Federal do Piauí (UFPI). A tecnologia definitiva para esses corredores, se BRT (ônibus rápido) elétrico ou VLT (veículo leve sobre trilhos), será definida em fase posterior.

A implementação deve transformar a mobilidade na cidade. Estima-se uma redução de até 13% no tempo de viagem no transporte público e uma queda de 16% no custo operacional do sistema. A economia de tempo nos deslocamentos diários deve gerar um benefício de 1,2 bilhão de reais. Em segurança, a projeção é evitar até 90 mortes no trânsito até 2054, além de reduzir em 27,5 mil toneladas as emissões anuais de CO².
O estudo integra um plano maior que prevê 187 projetos e 430 bilhões de reais em investimentos para 21 regiões metropolitanas do Brasil até 2054. Conforme explicou Rafael Ferraz, gerente do estudo no BNDES, a expectativa é que "as novas chamadas do PAC possam priorizar os projetos sinalizados". O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que o trabalho visa "a formulação de uma estratégia nacional de mobilidade urbana, de longo prazo e sustentável". O ministro das Cidades, Jader Filho, reforçou o objetivo: "Investir em transporte coletivo limpo é investir nas cidades e nas pessoas, para que os centros urbanos se tornem mais resilientes".
Os próximos passos dependem da finalização dos projetos executivos e da definição dos modelos de financiamento, que podem contar com parcerias público-privadas. Acesse o estudo completo clicando no link abaixo:
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