Com a proposta de trazer vida ao Centro de Teresina, trocando conversas e afetos na calçada, nasceu o Seu Javas Bar, um cantinho charmoso localizado na esquina das ruas Lizandro Nogueira e Arêa Leão. A resposta foi imediata e surpreendente: em poucos dias, o local virou febre e virou o ‘rolê’ mais comentado no fim de semana de inauguração.
Pessoas tomando conta das ruas, risadas, música, carros sem conseguir trafegar pelo local. O novo point da cidade ‘bombou’ na rua e na internet, provando que o Centro, mesmo vivendo um longo processo de esvaziamento, ainda pulsa e pode, sim, ser revitalizado.
“Achávamos que algumas pessoas iam curtir a proposta, mas foi muito além”, conta o arquiteto Fábio Nery, um dos sócios do bar, ao lado de Fabrício Nery, Bruno Rodrigues e Rafael Veloso.
A ideia nasceu da vontade antiga de criar um bar de rua, inspirado em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, onde o Centro é vivido intensamente.
A ideia era criar um bar de rua inspirado em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro
“Isso traz visibilidade para uma área tão esquecida da nossa cidade. Como arquiteto, acho fantástico. Estudei no Centro de Teresina e, na época, existiam vários projetos noturnos de ocupação, que hoje já não vemos mais”, explica Fábio.
A proposta do bar vai além do lazer. É um convite a olhar para o Centro não só como um lugar de trabalho ou comércio, mas também como um espaço de encontros, cultura e pertencimento. “Não é sobre o que a gente enxerga, e sim sobre o que podemos fazer para que o Centro volte a ser visto”, afirma.
O sucesso repentino acendeu um alerta: a superlotação levou os sócios a pensarem em adaptações, como a criação de banheiros externos e ampliação do estoque. “A ideia é sempre ouvir e observar as necessidades que surgirem, para entregar qualidade sem perder a essência”, reforça.
Para Fábio, o Seu Javas é um exemplo claro de que há público e vontade de fazer o Centro pulsar novamente. “Mais empresários já estão começando a olhar para cá com outros olhos. Existem vários prédios abandonados, o índice de imóveis desocupados é gigantesco. Por que não criar espaços que possibilitem viver o Centro com segurança, qualidade, muita arte, cultura e lazer?”, questionou o empresário.
O Seu Javas já abriu esse caminho — e, pelo visto, sem volta.
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