O Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias (PT), respondeu a declarações de Pablo Marçal (PRTB), candidato a prefeito de São Paulo, que criticou as políticas sociais do governo Lula. Dias refutou as afirmações de Marçal e enfatizou o impacto positivo do Bolsa Família e de outros programas voltados para a geração de emprego e apoio ao empreendedorismo.
O ministro argumentou que as críticas ao Bolsa Família muitas vezes revelam um preconceito subjacente, sugerindo que o programa desestimula a busca por trabalho. "Atacar políticas voltadas aos mais pobres é fácil. Há um preconceito por trás disso", afirmou Dias, ressaltando que o Bolsa Família não apenas combate a fome, mas também cria oportunidades de emprego.
Ele destacou que o modelo brasileiro demonstra que, além de tirar as pessoas da fome, também combate a pobreza. O novo Bolsa Família, segundo Dias, já apresentou resultados significativos em termos de formalização de empregos. Em 2023, 9 milhões de brasileiros beneficiados pelo programa firmaram contratos de trabalho formais, e em 2024, mais 5,5 milhões já haviam conseguido trabalho. "Estamos falando de 14,5 milhões de brasileiros que celebraram contratos de trabalho, muitos em funções temporárias ou sazonais", explicou.
Dias também citou dados do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que mostram que mais de 71% das novas vagas de emprego formal em 2023 foram ocupadas por beneficiários do Bolsa Família, número que subiu para 77% em 2024. Isso, segundo o ministro, comprova o engajamento dessa população em buscar novas oportunidades. Durante um debate promovido pela Rede TV! em parceria com o UOL, Marçal acusou o governo Lula de tentar "limitar a mentalidade do povo" através do Bolsa Família e fez afirmações falsas sobre a possibilidade de combinar os benefícios do programa com uma renda extra.
Outro ponto destacado por Dias foi a Regra de Proteção, criada em 2023. Essa regra permite que famílias que aumentem sua renda per capita — seja por meio de um emprego formal ou empreendedorismo — continuem a receber benefícios, desde que a renda por pessoa não ultrapasse meio salário mínimo. Durante 24 meses, essas famílias recebem 50% do valor regular do Bolsa Família, o que proporciona uma transição mais segura ao mercado de trabalho. Caso um beneficiário perca o emprego, ele tem prioridade para retornar ao programa.
O ministro também mencionou o programa Acredita, que visa direcionar beneficiários do Cadastro Único para emprego e empreendedorismo. O programa é estruturado em três eixos: capacitação, qualificação profissional e um Fundo Garantidor para acesso ao crédito.
No eixo de emprego, empresas parceiras, como Carrefour, Amazon e Coca-Cola, estão reservando 10% das vagas para pessoas inscritas no Cadastro Único. Para o empreendedorismo, o programa oferece crédito através do Fundo Garantidor, sem cobrança de comissão de adesão. Este fundo é inédito no país e busca oferecer taxas de juros mais acessíveis para viabilizar negócios de pessoas em situação de vulnerabilidade. O Acredita também conta com parcerias com o Sistema S (Sebrae, Senai, CNT) e universidades para capacitar beneficiários em áreas com alta demanda por mão de obra, sempre adaptando os cursos às necessidades locais.
Fonte: Brasil 247
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