
A Justiça de São Paulo determinou o bloqueio de R$ 246 mil das contas da Escola Elementare Fundamental, empresa associada ao empresário e ex-candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal. A medida foi tomada em 11 de fevereiro de 2025, após decisão do desembargador Mendes Pereira no final de 2024. O bloqueio está relacionado a uma dívida de R$ 246 mil com o Banco Safra, originada de um empréstimo contraído em 2020.
Embora o processo tenha sido inicialmente movido contra a Escola Pichotinho, de outros empresários, a Justiça considerou que tanto a Escola Elementare quanto a Pichotinho fazem parte do mesmo grupo econômico. O entendimento do tribunal foi de que houve uma reestruturação societária entre as duas instituições para transferir ativos e evitar o pagamento da dívida.
A defesa de Pablo Marçal, que nega qualquer vínculo com a dívida, argumentou em petição à Justiça que a Escola Elementare é uma entidade distinta, com CNPJ próprio, e que a instituição não participou de qualquer transação financeira relacionada ao empréstimo. Segundo a defesa, a escola não deve ser responsabilizada pelo prejuízo.
A Escola Pichotinho também refutou as acusações de tentativa de blindagem patrimonial, considerando-as "maliciosas". A empresa afirmou que o bloqueio foi realizado sem provas concretas de irregularidades, negando qualquer movimentação de ativos entre as duas escolas.
Em sua decisão, o desembargador Mendes Pereira observou que ambas as instituições compartilham o mesmo endereço e possuem administração conjunta. Além disso, o juiz destacou que a fachada do prédio exibe a identidade visual das duas escolas, o que, segundo ele, sugere uma relação entre elas.
Pablo Marçal, que concorreu à Prefeitura de São Paulo nas eleições de 2024 e não foi eleito, ainda pode recorrer da decisão judicial. O caso segue em tramitação enquanto as partes tentam reverter a medida.
Fonte: Diário do Centro do Mundo