
O advogado Sebastião Coelho, defensor do ex-assessor internacional de Jair Bolsonaro, Filipe Martins, foi detido nesta terça-feira (25) por desacato durante a sessão no Supremo Tribunal Federal (STF) que analisa a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente e outros aliados por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O incidente ocorreu enquanto o STF discutia a possível transformação de Bolsonaro e outros denunciados em réus.
Coelho foi preso em flagrante pela Polícia Judicial após ofender membros da Corte. O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, determinou a lavratura de um boletim de ocorrência e, em seguida, a liberação do advogado. A detenção aconteceu quando Coelho tentou acessar a sala de sessões da Primeira Turma, onde os ministros julgavam o caso. Contudo, Filipe Martins não faz parte do núcleo central da investigação em questão, o que justificou a negativa de acesso à sala.
Além disso, o STF foi palco de outros episódios de tensão, quando um grupo de deputados bolsonaristas, liderados pelo deputado Tenente Zucco (PL-RS), também foi impedido de acessar a sessão. Os parlamentares alegaram que estavam ali para demonstrar apoio a Bolsonaro, que compareceu ao julgamento. No entanto, como o protocolo de segurança da Corte exige cadastro prévio, a falta de identificação impediu a entrada dos deputados.
Ao serem barrados, os parlamentares protestaram e discutiram com os funcionários do STF. "Estamos aqui, deputados da liderança da oposição, para aprender que direito eles querem ensinar à sociedade brasileira", declarou Zucco, antes de ser informado de que não poderia ingressar na sessão. A tensão aumentou, com os deputados insistindo em permanecer no local, enquanto os seguranças reforçaram as orientações sobre o cadastro prévio obrigatório.
A presença de Bolsonaro no julgamento foi o principal motivador da mobilização dos parlamentares bolsonaristas. A princípio, o ex-presidente cogitava acompanhar o julgamento de sua residência ou da sede do PL, mas decidiu comparecer pessoalmente, o que levou a uma maior pressão sobre os seguranças da Corte.
Durante o episódio, os agentes de segurança solicitaram a identificação dos deputados presentes, incluindo nomes como Zé Trovão, Maurício do Vôlei e Evair de Melo, entre outros. Apesar dos protestos, a entrada dos parlamentares foi negada, e a confusão foi controlada.
Fonte: Brasil 247