O modelo econômico do ministro Paulo Guedes para o Brasil é um plano fadado ao insucesso. Mas uma derrocada com dramáticas repercussões, posto que afetará parcela ponderável da população que mergulhará em mais pobreza e miséria e que assim aumentará o desemprego, o subemprego e a precariedade do trabalho, que afeta a produtividade, além da fome que acarretará em mais desigualdade social, achando pouco o Brasil ser na atualidade a segunda Nação com maior índice de desigualdade no Mundo.
Paulo Guedes faz parte do tripé que, segundo Fernando Haddad, em artigo na Folha de São Paulo, está levando o Brasil a profundo retrocesso: o autoritarismo do ministro Sergio Moro, o fundamentalismo da ministra Damares e o ultraneoliberalismo do ministro Paulo Guedes.
Vamos ater ao ultraneoliberalismo de Paulo Guedes. Em primeiro lugar, trata-se de política econômica atualmente em desuso nas democracias plenas e no mundo civilizado por piorar as condições de vida da maioria da população e concentrar a riqueza, o capital nas mãos de poucos.
Depois, é sistema econômico apropriado aos regimes autoritários por ser indignamente contra o povo. A primeira experiência do neoliberalismo foi no Chile, na atroz ditadura do general Augusto Pinochet. Paulo Guedes fez estágio lá com a famigerada turma dos Chicago Boys com formação econômica na Escola de Economia de Chicago (EUA) sob a batuta do então Prêmio Nobel em Economia Milton Friedman. Deu errado, e agora o povo chileno está unido para se desgarrar dos grilhões institucionalizados do neoliberalismo que deixaram a maioria da população em estado indigente, vegetativo. Por isso a sacrossanta união nacional.