O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou piora em seu quadro clínico, com elevação da pressão arterial e alterações nos exames laboratoriais hepáticos, conforme boletim médico divulgado pelo Hospital DF Star nesta quinta-feira (24).
Bolsonaro será submetido a novos exames de imagem ainda nesta quinta-feira e continua internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sem previsão de alta.
No dia 13 de abril, o ex-presidente passou por uma laparotomia exploratória, procedimento para a liberação de aderências intestinais e reconstrução da parede abdominal.
Rodrigo Perez, chefe do Núcleo de Coloproctologia e Intestinos do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, explicou à CNN que casos semelhantes ao de Bolsonaro podem estar relacionados ao período pós-operatório. Ele destacou que, após uma obstrução intestinal, é comum que o intestino fique paralisado, um quadro chamado íleo paralítico, que funciona como um mecanismo de defesa do órgão.
Esse quadro pode exigir nutrição parenteral, ou alimentação via endovenosa, e o uso de sonda nasogástrica, já que o paciente não pode se alimentar normalmente. Perez também ressaltou que, apesar de ser uma forma de alimentação adequada, a nutrição parenteral pode resultar em elevação das enzimas hepáticas.
Quanto à elevação da pressão arterial, o especialista afirmou que pode ser resultado de diversos fatores, como dor ou desconforto. "O aumento da pressão exige cuidados, mas não parece ser algo muito preocupante", explicou.
Fatores emocionais, como estresse e pressão psicológica, também podem impactar a recuperação, mas, segundo Perez, o efeito é menor do que muitos imaginam.
Além disso, outros problemas podem surgir em situações semelhantes, como a translocação bacteriana, que ocorre quando bactérias intestinais entram na corrente sanguínea, causando uma infecção. Felizmente, esse quadro geralmente pode ser tratado de forma eficaz, com o funcionamento do intestino ou a drenagem da sonda gástrica, embora, em alguns casos, antibióticos sejam necessários.
A recuperação de Bolsonaro ainda segue com monitoramento intenso, e os médicos continuam acompanhando de perto seu estado clínico.
Fonte: Com informações da CNN
Siga nas redes sociais
