Política

BOLSA FAMÍLIA

Wellington Dias diz que mudança no Bolsa Família não tem "nada a ver com ajuste fiscal"

Governo reduziu para um ano o prazo de permanência no programa para as famílias que passarem a ganhar mais de R$ 218 por pessoa

Dhara Leandro

Sexta - 16/05/2025 às 17:30



Foto: Reprodução Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias (PT)
Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias (PT)

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, disse que a mudança nas regras do Bolsa Família não tem relação com o ajuste fiscal. Nesta semana (15), o governo federal anunciou que o período de transição para famílias que aumentam sua renda, mas ainda se encontram em situação de vulnerabilidade, será reduzido de 24 para 12 meses, e o teto de renda per capita para se enquadrar nessa modalidade será fixado em R$ 706.

"Nada a ver com ajuste fiscal. Nós queremos que o Brasil tenha superação da pobreza. A economia [de recursos] é parte, é resultado porque a superação da pobreza leva a isso. O social agora trabalhamos como parte estratégica do econômico. Cada pessoa que deixa de estar recebendo Bolsa Família e passa a ser um cidadão incluído no econômico e tem uma renda, tem salário, fruto de um negócio, ele passa a ser um consumidor, passa a impulsionar a própria economia", disse o ministro, em visita ao Recife (PE) nesta sexta-feira (16).

A mudança entra em vigor em junho e vale apenas para novos beneficiários.

"São 4 milhões de famílias nesta situação neste mês de maio. Quando evolui a renda, a renda cresce, outra pessoa vai trabalhar, a renda já cresceu, ali tem uma fase de proteção, de transição, que vai agora até 12 meses. [...] E, mesmo quando ultrapassa o limite que é R$ 706 per capita [...], ela sai do Bolsa Família, mas não perde o cadastro. Lá na frente, perdeu o emprego? No passado, entrava numa fila gigante. Agora não", afirmou.

Em Recife, Wellington Dias participou do lançamento do programa "Acredita no Primeiro Passo", no Teatro de Santa Isabel, no Centro do Recife. A iniciativa oferece uma linha de crédito para microempreendedores inscritos no Cadastro Único (CadÚnico).

O programa, em parceria com o Banco do Nordeste, começou a valer em julho do ano passado. Desde então, foram beneficiadas 28 mil pessoas em Pernambuco e 5 mil no Recife, segundo o ministro. Cerca de 70% delas são mulheres.

De acordo com o ministro, a ação tem como foco pessoas de baixa renda que recebem auxílios do governo federal como o próprio Bolsa Família e Benefício de Prestação Continuada (BPC). "De um lado, a missão é tirar o Brasil do mapa da fome, mas também superar a pobreza e garantir dignidade para as pessoas", declarou Wellington Dias.


Fonte: G1

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