
O vereador Rick Azevedo (PSOL-RJ) criticou a falta de apoio do governo federal ao projeto que busca extinguir a escala de trabalho 6x1. Em entrevista ao O Globo, ele afirmou que a ausência de respaldo do presidente Lula tem dificultado o avanço da proposta no Congresso. “Falta, principalmente, o apoio do presidente Lula”, disse Azevedo, destacando que o Executivo não tem priorizado a discussão.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) foi apresentada em fevereiro pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP) e levada à ministra Gleisi Hoffmann, que prometeu articulação com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Para Azevedo, no entanto, o governo ainda não se empenhou o suficiente.
Mobilização e desafios
A escala 6x1 impõe seis dias de trabalho seguidos por um de descanso. A PEC propõe um modelo mais equilibrado, buscando melhorar as condições laborais. Azevedo tem usado as redes sociais para mobilizar apoio. “A revolta da classe trabalhadora se uniu ao meu grito”, afirmou. No Congresso, a proposta aguarda análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), e o vereador aposta na pressão popular para avançar.
Pressão política e eleições
Mesmo com o PSOL na base de apoio de Lula, Azevedo critica a falta de diálogo do governo. “O governo não apoia a nossa discussão como a gente gostaria”, disse. Ele acredita que a adesão ao projeto pode fortalecer o Executivo politicamente.
No Rio, Azevedo apresentou um projeto de lei proibindo a prefeitura de contratar empresas que adotem a escala 6x1. “Elas terão que adotar a escala 5x2 ou perderão contratos municipais”, explicou. Com forte presença digital, Azevedo engaja apoiadores ao expor problemas trabalhistas. “A classe trabalhadora se identifica porque vive essa realidade”, disse.
O movimento prepara manifestações para 1º de maio em diversas capitais, pressionando o governo e o Congresso a acelerar a tramitação da PEC.
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Fonte: Brasil 247