O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (30) que a Petrobras tem autonomia para definir o preço dos combustíveis. Um aumento no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), de caráter estadual, causará aumento de de R$0,06 sobre o diesel a partir deste sábado (1º).
“Eu não autorizei aumento do diesel. Desde o meu primeiro mandato eu aprendi que quem autoriza o aumento do petróleo e derivados de petróleo é a Petrobras, e não o presidente da República. Eu já aprendi há muito tempo isso, e aprendi uma outra coisa: se a Petrobras tiver que fazer um reajuste - e veja a diferença, eu falei ‘reajuste’ e você falou ‘aumento’ -, ainda assim, não levanto em conta o aumento da inflação de 2023 e 2024, sem contabilizar a inflação, se colocasse a inflação no preço se fizer reajuste, ainda será menor do que em dezembro de 2022”, disse.
“Quem está aumentando é o Confaz, que está reajustando o ICMS. Esse é o aumento. O que nós estamos fazendo, se ela [Petrobras] decidiu fazer, é um reajuste que ainda assim vai garantir que o preço do diesel fique abaixo daquilo que era em dezembro de 2022. É isso que eu sei, pela imprensa inclusive. Eu ainda não fui avisado se vai aumentar ou não, e ela [Petrobras] não precisa me avisar. Se ela tiver uma decisão de que para a Petrobras é importante fazer o reajuste, ela que faça e comunique a imprensa”, completou.
Lula também falou sobre os rumores de que poderia haver uma manifestação de caminhoneiros contra o aumento do diesel. Segundo o presidente, o governo proverá o diálogo com o setor.
“Se tiver uma movimentação dos caminhoneiros, vou fazer o que eu sempre fiz, vou conversar com os caminhoneiros, vamos colocar tanto o ministro dos Transportes como a ministra da Gestão, Esther [Dweck], para conversar. Não temos nenhuma preocupação. Vamos conversar com todo e qualquer setor que tiver qualquer problema com o governo. O caminhoneiro só tem que saber da verdade: o preço do diesel em dezembro de 2022 e o preço do diesel agora. Ele sabe que está mais barato, o diesel, a gasolina e o gás de cozinha, e vão continuar mais baratos”, concluiu Lula.
Alimentos
Lula também disse que não fará nenhuma “bravata” para reduzir o preço dos alimentos e que a queda virá com a melhora das condições de produção dos agrícolas.
“Eu não tomarei nenhuma medida daquelas que são bravata. Não farei cota, não colocarei helicóptero para viajar fazenda e prender boi, como foi feito no tempo do plano cruzado. Não vou estabelecer nada que possa significar o surgimento de mercado paralelo”, disse o presidente.
Fonte: Brasil 247