Polícia

COMBATE À CORRUPÇÃO

PF descobre desvio milionário da Saúde em Picos e bloqueia R$ 3,5 milhões de investigados

Os desvios teriam ocorrido na gestão do ex-prefeito Gil Paraibano. Operação da PF cumpriu mandados no Piauí e Ceará; grupo usava empresas de fachada e licitações fraudadas

Da Redação

Quarta - 25/06/2025 às 16:10



Foto: Policia Federal PF desarticula esquema que desviou milhões da Saúde em Picos
PF desarticula esquema que desviou milhões da Saúde em Picos

Um esquema de desvio de recursos públicos federais da Secretaria de Saúde de Picos (PI) entre 2021 e 2023, foi descoberto pela Polícia Federal. No período do desvio município era administrado pelo ex-prefeito Gil Paraibano, filiado ao Progressistas (PP) – partido presidido pelo senador Ciro Nogueira.

A descoberta do desvio milionário ocorreu através da Operação Contrato Simulado, desencadeada pela PF na manhã desta quarta-feira (25), por determinação do juiz da 3ª Vara Criminal da Justiça Federal no Piauí, que determinou também o bloqueio de R$ 3,5 milhões em bens dos investigados. Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão nos estados do Piauí e Ceará.  

Segundo a PF, o grupo criminoso fraudava licitações por meio de pregões eletrônicos manipulados, superfaturava contratos e desviava verbas usando empresas de fachada, laranjas e operadores financeiros. Foram identificados indícios de planilhas adulteradas, saques em espécie e fracionamento de valores para ocultar o rastro do dinheiro.

A investigação também aponta o envolvimento de servidores públicos, agentes políticos e empresários em um esquema de corrupção, propina e desvio sistemático de recursos do SUS em plena Pandemia da COVID-19.

Durante as diligências, a PF apreendeu veículos, eletrônicos e documentos que podem comprovar os crimes. Os investigados responderão por fraude em licitação, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica e sonegação fiscal. A operação revela ainda que o esquema dispensava processos licitatórios regulares, contratando uma cooperativa sem capacidade técnica para justificar os repasses fraudulentos.

A Justiça Federal determinou ainda o sequestro de bens dos suspeitos, medida que visa garantir o ressarcimento aos cofres públicos. O caso reforça a atuação de órgãos de controle no combate a desvios na saúde pública, setor historicamente vulnerável a fraudes.

Fonte: Polícia Federal

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