
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi localizada pela polícia italiana na região de Vêneto, no norte da Itália, e pode ser presa a qualquer momento. A parlamentar, que também tem cidadania italiana, está foragida desde que o Supremo Tribunal Federal (STF) a condenou a dez anos de prisão em regime fechado.
Zambelli foi sentenciada por invasão de sistema informatizado e falsidade ideológica, após inserir documentos forjados nos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Entre os arquivos, estavam mandados de prisão e alvarás de soltura falsos, inclusive um contra o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF.
Na decisão que determinou a prisão preventiva, Moraes afirmou que a deputada deixou o Brasil para escapar da punição. “A ré se evadiu do território nacional com a finalidade de se furtar à aplicação da lei penal”, escreveu o ministro, destacando também o risco de reincidência, já que ela continuou espalhando desinformação sobre o sistema eleitoral.
Lista vermelha
A inclusão de Zambelli na lista vermelha da Interpol foi aceita pela Justiça italiana, o que autoriza sua prisão em locais públicos. “As autoridades judiciais italianas acataram o pedido e, hoje, ela poderá ser presa a qualquer momento”, disse o embaixador brasileiro em Roma, Renato Mosca, à GloboNews nesta quinta-feira (12).
Além da prisão, Moraes determinou o bloqueio de todos os passaportes da deputada, a indisponibilidade de bens e contas bancárias, e a suspensão de redes sociais. A Câmara dos Deputados também cortou o salário de Zambelli, destinando os valores à quitação de uma multa judicial de R$ 2 milhões.
Ela foi condenada junto com o hacker Walter Delgatti Neto, que recebeu pena de oito anos e três meses de prisão. Ambos foram considerados culpados por 13 crimes de invasão e 16 de falsidade ideológica. A polícia italiana continua as buscas para efetivar a prisão.
Fonte: Brasil 247