A defesa das sementes crioulas e experiências e políticas públicas na agricultura familiar serão alguns dos pontos levados pelo Governo do Piauí à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém, no Pará, de 10 a 21 de novembro de 2025.
Entre as representações piauienses que estarão no evento está o Movimento Camponês Popular (MCP). A representante do MCP no Piauí, Elizângela Gonçalves, do município de Gilbués, detalha a pauta do grupo. “Nós trabalhamos com a defesa das sementes crioulas para que possamos ter uma alimentação saudável, livre de transgenia e de todo tipo de agrotóxico que contamina a nossa saúde. E estaremos lá para fortalecer essa luta, juntar forças com outros movimentos e com o próprio governo, para que possamos fortalecer a defesa da vida e da comida limpa”, argumenta.
Elizângela acrescenta que a presença do movimento na COP30 será uma oportunidade de ampliar o diálogo e fortalecer as políticas públicas voltadas à agricultura familiar. O movimento deve levar cerca de 60 agricultores e agricultoras familiares piauienses para o evento.
A secretária da Agricultura Familiar, Rejane Tavares, destaca que o Piauí possui iniciativas que podem servir de exemplo em debates globais sobre sustentabilidade e adaptação às mudanças climáticas. Ela cita iniciativas que unem produção agrícola, segurança hídrica e organização social, especialmente no semiárido piauiense, onde a atuação do estado, através do Piauí Sustentável e Inclusivo (PSI), fortalece a produção com sustentabilidade ambiental.
“Temos a experiência do PSI, que fortalece o processo produtivo dos agricultores do semiárido, leva infraestrutura hídrica, com construção de cisternas, barragens subterrâneas e pequenas unidades de saneamento rural, além de tecnologias alternativas, como reuso de águas e biodigestores que garantem um processo produtivo sustentável com aproveitamento de todos os resíduos gerados na propriedade. Temos ainda o Pilares 2, que também tem foco no fortalecimento da produção em comunidades tradicionais, quilombolas, indígenas, mulheres e jovens”, ressalta a secretária.
Fonte: Governo do Estado
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