
Apesar de contar com receitas de hospitais, museus, doações e aluguéis, as finanças da Santa Sé continuam sendo deficitárias. Em 2023, o Vaticano teve um prejuízo de € 70 milhões, mesmo com uma receita de € 1,2 bilhão.
A história do Vaticano é marcada por escândalos financeiros, especialmente envolvendo o Instituto para as Obras da Religião (IOR). Um dos casos mais famosos foi o colapso do Banco Ambrosiano em 1982, que deixou ao Vaticano uma dívida milionária e resultou na morte suspeita de Roberto Calvi, então diretor do banco.
Desde sua eleição, o Papa Francisco tentou reformar as finanças vaticanas, criando o Secretariado para a Economia e nomeando o cardeal George Pell para comandá-lo. Medidas como a eliminação de contas irregulares, investimentos éticos e transparência foram implementadas, mesmo diante de resistência interna.
Apesar dos avanços, escândalos recentes persistem, como o do cardeal Angelo Becciu, condenado por desvio de doações em investimentos que geraram prejuízos de até € 180 milhões. Além disso, o Vaticano enfrenta uma queda nas doações e um crescente custo com gastos de pessoal e déficit no fundo de pensões.
O novo Papa, Leão XIV, herda esse desafio e deverá dar continuidade às reformas iniciadas por Francisco, enfrentando tanto a crise financeira quanto a necessidade de transparência e sustentabilidade a longo prazo.
Fonte: Brasil 247