
Nesse domingo (28/09), o ex-ministro da Agricultura e Assuntos Rurais da China, Tang Renjian, foi condenado à morte por corrupção durante julgamento no Tribunal Intermediário do Povo de Changchun, na província de Jilin.
De acordo com a agência estatal Xinhua, Tang teria recebido propinas entre 2007 e 2024, somando 268 milhões de yuans,cerca de 37,6 milhões de dólares. O tribunal aplicou uma suspensão condicional de dois anos, considerando a confissão e o arrependimento do ex-ministro, o que permite a revisão da pena em caso de bom comportamento.
Tang foi expulso do Partido Comunista Chinês em novembro de 2024, após o início das investigações pelo órgão anticorrupção do partido. Ele ocupou cargos de destaque durante sua carreira política, incluindo o governo da província de Gansu entre 2017 e 2020, antes de ser nomeado ministro.
O caso de Tang Renjian integra a campanha anticorrupção do presidente Xi Jinping, que já resultou na queda de outras figuras políticas, como os ex-ministros da Defesa Li Shangfu e Wei Fenghe. Desde 2020, Xi vem ampliando o combate à corrupção, tornando-o um dos pilares de seu governo, com o objetivo de punir membros do Estado considerados desleais.
No mesmo ano, Xi declarou que policiais, promotores e juízes deveriam ser “absolutamente leais, absolutamente puros e absolutamente confiáveis”. Já em janeiro deste ano, o presidente reforçou que a corrupção continua sendo a maior ameaça ao Partido Comunista da China e que medidas exemplares devem ser tomadas para contê-la.
A condenação de Tang evidencia a política do governo chinês de não tolerar práticas ilícitas entre funcionários de alto escalão do partido e do Estado. O movimento também busca consolidar o poder de Xi Jinping em meio a desafios internos e externos.
Fonte: Brasil247