A deputada Erika Hilton (PSOL-SP) pediu à Organização das Nações Unidas (ONU) que investigue a Meta, empresa dona do Facebook, Instagram, WhatsApp e Threads, após a decisão da companhia de encerrar a checagem de fatos e flexibilizar a moderação de conteúdo em suas plataformas. A mudança foi anunciada por Mark Zuckerberg, fundador da Meta, na terça-feira, 7.
A deputada alegou que as alterações podem permitir a propagação de discursos de ódio, incitação à violência e disseminação de fake news contra minorias, principalmente a comunidade LGBTQIA+, com base em gênero, sexualidade, etnia e raça. Hilton enviou uma representação ao relator especial da ONU, Nicolas Levrat, fundamentada em tratados internacionais de direitos humanos, como o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos (1966) e a Declaração sobre os Direitos das Pessoas Pertencentes a Minorias (1992).
No pedido, a parlamentar argumenta que a flexibilidade nas políticas internas da Meta pode torná-la cúmplice na violação dos direitos de grupos minoritários e pede que Zuckerberg forneça detalhes sobre as consequências da nova política para a comunidade LGBT.
A nova política de moderação será baseada em "Notas da Comunidade", uma abordagem adotada inicialmente nos EUA, que confia nos próprios usuários para corrigir informações enganosas ou falsas, o que, segundo críticos, pode aumentar a desinformação nas plataformas.
Fonte: Correio Braziliense