A China está analisando a venda das operações do TikTok nos Estados Unidos para o bilionário Elon Musk, conforme apurou a agência de notícias Bloomberg. A medida surge em resposta ao crescente movimento do governo norte-americano para banir o aplicativo, acusado de representar riscos à segurança nacional. Caso a transação se concretize, Musk poderia integrar a plataforma ao X (antigo Twitter), ampliando seu alcance e potencializando suas receitas publicitárias.
Embora o governo chinês tenha preferência por manter o controle do TikTok sob a ByteDance, sua empresa-mãe, fontes próximas à negociação apontam que o cenário de banimento iminente está forçando novas considerações. A Suprema Corte dos EUA, após audiências em 10 de janeiro, parece apoiar a legislação que exige a venda ou fechamento da operação no país, uma medida que pressionaria ainda mais as partes envolvidas.
A Bloomberg também aponta que, além de Musk, outros bilionários como Frank McCourt e Kevin O'Leary, através do Project Liberty, demonstraram interesse na aquisição. No passado, empresas como Microsoft e Oracle também tentaram adquirir a divisão americana do TikTok.
No entanto, um porta-voz do TikTok negou as informações, classificando-as como "ficção pura", enquanto a ByteDance e representantes de Musk não comentaram oficialmente. A presença do governo chinês, que possui uma participação estratégica na ByteDance, e as restrições de exportação sobre algoritmos avançados podem dificultar a viabilidade de um acordo.
Estima-se que o valor das operações do TikTok nos Estados Unidos gire entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões, mas especialistas questionam como Musk, que ainda lida com as dívidas adquiridas na compra do Twitter por US$ 44 bilhões, conseguiria financiar a transação.
Fonte: Brasil 247