
Ativistas da Flotilha da Liberdade, entre eles o brasileiro Thiago Ávila, já preparam uma nova missão humanitária para a Faixa de Gaza, após terem sido detidos pelas forças de segurança israelenses no início de junho. A ação visa romper o bloqueio imposto por Israel ao território palestino e levar suprimentos essenciais à população que sofre com a escassez.
Ávila relatou que o grupo possui um novo barco, chamado Handala, que está quase pronto para zarpar. “Estamos tentando arrumar novos barcos para uma missão maior desta vez. Se Israel atacar uma missão nossa, que saiba que a próxima será ainda maior”, afirmou o ativista em entrevista à Agência Brasil. Ele também destacou que a violência não irá impedir a continuidade das ações.
Durante a interceptação, ocorrida em águas internacionais, os ativistas foram mantidos por mais de 20 horas em condições precárias, com relatos de maus-tratos, incluindo exposição a ambientes sujos e água contaminada. Ávila denunciou ainda a violência psicológica e as ameaças sofridas durante o período em que esteve detido em Israel, onde chegou a fazer greve de fome em protesto.
Organizações internacionais e o governo brasileiro repudiaram a prisão dos ativistas, considerando a ação uma violação do direito internacional. O Conselho Nacional de Direitos Humanos classificou o ocorrido como crime de guerra, enquanto o Itamaraty pediu a libertação imediata de Ávila e o fim das restrições ao envio de ajuda humanitária à Faixa de Gaza.
A nova missão, que pretende ser maior e mais robusta, surge num momento em que quase dois milhões de palestinos enfrentam fome e falta de remédios devido ao bloqueio. Para o grupo, levar alimentos e assistência médica é uma prioridade humanitária urgente que não será interrompida pela repressão sofrida até agora.
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Fonte: Brasil 247