120 brasileiros em situação de vulnerabilidade nos Estados Unidos desembarcaram na manhã deste sábado (21) no Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza (CE), em mais uma operação humanitária do Governo Federal voltada à repatriação de cidadãos no exterior.
A ação interministerial, coordenada pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), marca a estreia de um novo modelo logístico para o acolhimento, que não utiliza mais voos operados pela Força Aérea Brasileira (FAB) e aposta em uma estrutura civil integrada.
A operação começou por volta das 8h, com a chegada do voo comercial trazendo os repatriados. No local, uma força-tarefa montada pelo MDHC em parceria com outros órgãos federais e governos estaduais foi responsável pela recepção humanizada, que inclui alimentação, kits de higiene pessoal, atendimento psicossocial, transporte terrestre até os estados de origem e direcionamento para serviços públicos de saúde, assistência social e regularização documental.
A ação cumpre determinação direta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ocorre após o anúncio do novo modelo de acolhimento pela ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, feito na última quarta-feira (18).
Segundo o MDHC, o acolhimento agora é feito com base em uma triagem prévia e personalizada, levando em conta especificidades como deficiência, idade avançada ou pertencimento à população LGBTQIA+. Os atendimentos especializados continuam sob responsabilidade direta do ministério, em articulação com os demais parceiros do governo federal.
Também participaram da recepção integrantes da Defensoria Pública da União (DPU), do Ministério das Relações Exteriores (MRE), do Sistema Único de Saúde (SUS) e da rede do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). A operação contou ainda com apoio da Organização Internacional para as Migrações (OIM), além dos governos do Ceará, onde ocorre a chegada, e de Minas Gerais, para onde parte dos repatriados será encaminhada.
De acordo com dados atualizados do MDHC, desde fevereiro deste ano, o Brasil já repatriou 892 cidadãos em situação de vulnerabilidade, a maioria proveniente dos Estados Unidos. O novo modelo operacional pretende otimizar os recursos públicos e ampliar o alcance das operações, permitindo maior agilidade na logística e no atendimento pós-desembarque.
Fonte: Secom
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