O Piauí foi escolhido para receber um investimento de R$ 35 milhões que vai impulsionar a pesquisa em inteligência artificial. O anúncio foi feito pelos ministros da Educação, Camilo Santana, e da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, durante cerimônia na Universidade Federal do Piauí (UFPI).
Os recursos serão aplicados no Núcleo de Computação de Alto Desempenho (NCAD) da UFPI, que deve se tornar um dos principais centros de processamento de dados do Nordeste. Segundo a UFPI, o Centro vai apoiar projetos de Inteligência Artificial, como o SoberanIA, modelo de linguagem de grande porte (LLM) em língua portuguesa, a fim de promover soberania tecnológica, a inclusão linguística e cultural e o fortalecimento da inovação nacional em IA.
A ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, afirma que uma das intenções do investimento é tornar o Piauí um centro de produção de dados da rede de Data Centers do Brasil. “Esse investimento é, sem dúvida nenhuma, algo em destaque no Brasil. Esse modelo de linguagem é uma plataforma que garante que o Brasil não dependa de outros países para ter uma plataforma que reúna dados importantes para a saúde, para a agricultura, para soluções para a segurança pública. E é o Piauí que vai garantir esse modelo de linguagem”, frisa.
A cooperação em torno do núcleo garantirá a formação e capacitação, soluções com base em Inteligência Artificial e modernização dos serviços prestados à população do Piauí. A integração do NCAD à Rede SINAPAD busca incrementar as estratégias estaduais de desenvolvimento científico e tecnológico, com foco na promoção da inovação aberta, na formação de pesquisadores e no avanço da Inteligência Artificial aplicada à gestão pública, à pesquisa e à inovação social.
Para a reitora da UFPI, Nadir Nogueira, o anúncio reforça a importância de financiar a ciência em uma perspectiva decentralizada. “Essa é uma oportunidade de melhorar a nossa plataforma de pesquisa para conseguirmos avançar cada vez mais. As universidades são, sem dúvida, pilares importantes para o país continuar a produzir ciência e tecnologia em diálogo com as demandas do Estado”, enfatiza.
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