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G20 pretende criar força-tarefa para discutir inteligência artificial

Presidência da África do Sul no grupo buscará estabelecer diretrizes

Da Redação

Terça - 19/11/2024 às 07:38



Foto: Rawpick/Freepick Inteligência artificial
Inteligência artificial

O documento final da Cúpula de Líderes do G20, que reúne as 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana, prevê a criação de uma força-tarefa ou "iniciativa de alto nível" para debater o uso da inteligência artificial (IA). O texto estabelece que caberá à presidência da África do Sul, que assume o comando do grupo nesta terça-feira (19),tentar estabelecer diretrizes para a tecnologia.

Em comunicado divulgado no início da noite desta segunda-feira (18), o G20 afirmou que a nova força-tarefa ou iniciativa de alto nível dará continuidade ao trabalho do grupo de economia digital. Durante a presidência brasileira, os ministros do Trabalho e Emprego do G20 já haviam concordado em estabelecer parâmetros para o avanço da inteligência artificial, e o Brasil terá um papel fundamental no avanço dessas discussões dentro do bloco.

Sem citar a palavra “regulação”, a redação acertada após intensas negociações diplomáticas, o documento final do G20 destacou “preocupações éticas e riscos” no uso da IA. “Nós reconhecemos que o desenvolvimento, a implantação e o uso de tecnologias emergentes, incluindo a inteligência artificial, podem oferecer muitas oportunidades aos trabalhadores, mas também representam preocupações éticas e riscos para os seus direitos e bem-estar”, ressaltou o texto.

Entre os principais desafios destacados no documento, está o risco de um aumento da desigualdade global, impulsionado pelo desenvolvimento desigual das capacidades digitais entre os países. O texto também aponta a necessidade de reduzir a desigualdade digital de gênero nos próximos seis anos, além de garantir a inclusão de trabalhadores mais vulneráveis aos impactos da evolução tecnológica.

A IA, ressaltou o comunicado, precisa respeitar a privacidade, a segurança dos dados e a propriedade intelectual. “À medida que a IA e outras tecnologias continuam a evoluir, também é necessário superar as divisões digitais, incluindo reduzir pela metade a divisão digital de gênero até 2030, priorizar a inclusão de pessoas em situações vulneráveis no mercado de trabalho, bem como garantir o respeito justo pela propriedade intelectual, proteção de dados, privacidade e segurança”, mencionou o comunicado.

Fonte: Agência Brasil

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