Os caixas do Banco do Brasil no Piauí vão iniciar o atendimento à população com atraso de duas horas nesta quinta-feira (23/01), em protesto pelo descumprimento de compromissos assumidos pela direção do banco durante a Campanha Salarial Nacional 2024.
Além de iniciar o atendimento com arraso, haverá manifestação no prédio central do Banco do Brasil, na Rua Álvaro Mendes, em Teresina, às 8h30mim.
Segundo o Sindicato dos Bancários do Piauí, o banco havia prometido criar novos cargos e realocar os caixas para uma nova função com remuneração igual ou superior à gratificação atual. Mas os trabalhadores alegam que o acordo não foi cumprido.
O vice-presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí, Gilberto Soares, explica que atualmente os caixas estão sendo comunicados que perderão suas funções em 1º de fevereiro, gerando um clima de grande preocupação entre os trabalhadores. Muitos não têm alternativas viáveis para realocação, sendo que o banco assegurou a permanência dos trabalhadores na mesma cidade, além do fato de o gerente geral está sendo responsabilizado por decidir quem ficará no cargo, desrespeitando o sistema interno de ascensão e oportunidades do banco.
"Os caixas estão sendo desconsiderados, apesar de sua dedicação e do que foi acordado em mesa de negociação, causando uma grande preocupação na vida desses trabalhadores e trabalhadoras que começam o ano sem saber como pagarão suas contas ou se terão seus salários mantidos. Além do prejuízo à população no atendimento presencial nas agências com a ausência dessa função. A manifestação vai reunir os caixas das várias agências do BB em Teresina. No interior do estado os caixas também retardarão o atendimento em protesto pelo descumprimento do banco com o que foi acordado", afirmou Gilberto Soares.
Cursos de reciclagem que não atendem aos trabalhadores
Outro ponto de insatisfação é o curso de reciclagem prometido aos caixas, que virou um pré-requisito para concorrer às vagas, sem que isso tivesse sido acordado previamente. Muitos trabalhadores que estavam de licença ou férias, ou mesmo os que têm alta demanda de trabalho, não conseguiram realizar o curso e, agora, estão sendo prejudicados.