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FISCALIZAÇÃO

Desmatamento ilegal no Piauí registra queda de 67,9% no primeiro semestre de 2025

A área desmatada despencou para menos de 9,6 mil hectares, o melhor desempenho do estado nos últimos quatro anos

Terça - 28/10/2025 às 09:17



Foto: Redução do desmatamento no Piauí
Redução do desmatamento no Piauí

O Piauí registrou queda de 67,9% no desmatamento ilegal em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo levantamento da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh). A avaliação foi feita com base em dados dos satélites Landsat e Sentinel. Foram mais de 20 mil hectares de área nativa preservados.

Conforme os números, entre janeiro e junho de 2024, foram desmatados ilegalmente pouco mais de 29,6 mil hectares. Já neste ano, o desmatamento despencou para menos de 9,6 mil hectares, o melhor desempenho do estado nos últimos quatro anos. A tendência de queda se manteve mesmo dentro de 2025. Do primeiro para o segundo trimestre, o desmatamento caiu de 4,9 mil hectares para 4,6 mil, uma redução de 6,2%.

O resultado, segundo o secretário estadual do Meio Ambiente, Feliphe Araújo, é fruto de uma política pública consistente, baseada em tecnologia, monitoramento permanente e rigor na fiscalização. “Estamos trabalhando de forma criteriosa na análise de processos, autorizando apenas o que a lei permite — em casos de utilidade pública, interesse social ou atividades de baixo impacto ambiental. Além disso, intensificamos as operações de fiscalização em campo e via satélite. O resultado é claro: o Piauí está conseguindo reduzir de forma consistente o desmatamento ilegal e proteger ainda mais nossas áreas nativas”, destacou Feliphe.

O secretário lembra que o estado tem uma grande responsabilidade ambiental. O Piauí ainda preserva grandes áreas de Mata Atlântica em estágio avançado de conservação e desempenha papel estratégico na proteção do Cerrado, um dos biomas mais ameaçados do país. “Nosso compromisso é manter esse patrimônio natural de pé, garantindo que desenvolvimento econômico e preservação caminhem juntos”, completou.

Mas os dados positivos não significam que o desafio está superado. A gerente do Centro de Geotecnologias Fundiária e Ambiental (CGEO) da Semarh, Aline Araújo, alerta que os meses de setembro e outubro costumam registrar aumento na pressão sobre a vegetação nativa. “É quando os agricultores fazem o preparo da terra para o plantio. É tanto que, paralelo a isso, aumenta o número de queimadas. Por isso mesmo é que a gente proibiu o uso do fogo nesse período. Agora, com o início das chuvas, especialmente no Sul do estado, muitos produtores aproveitam para preparar o solo. Então, olhando o ano todo, a gente vai ter um resultado mais efetivo depois desse período”, explica Aline.

Os gestores avaliam que, mesmo com esse comportamento sazonal, o panorama é promissor.

Fonte: Governo do Estado

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