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SUBSTITUIÇÃO

​Com exoneração de Stefanutto, Débora Floriano assume presidência interina do INSS

Nomeação ocorre em meio a investigações de fraudes bilionárias em benefícios previdenciários

Da Redação com informações do Brasil 247

Sexta - 25/04/2025 às 08:32



Foto: TV Globo/Reprodução Atual diretora de Logística, Débora Floriano assume direção interina do INSS
Atual diretora de Logística, Débora Floriano assume direção interina do INSS

O Ministério da Previdência Social anunciou nessa quinta-feira (24) que Débora Floriano, atual diretora de Operações e Logística do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), assumirá interinamente a presidência do órgão. A decisão foi tomada após a exoneração de Alessandro Stefanutto, ocorrida um dia antes, em decorrência de investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU) sobre suspeitas de fraudes em aposentadorias e outros benefícios previdenciários.

Débora Floriano possui mais de 15 anos de experiência no INSS, tendo ingressado na autarquia em 2008 como analista de Seguro Social. Graduada em Direito, ela desempenhou funções técnicas e de gestão, incluindo coordenações nas áreas de Compras, Serviços, Licitações e Contratos. Desde setembro de 2023, lidera a Diretoria de Orçamento, Finanças e Logística.

Em coletiva de imprensa realizada ao lado do ministro da CGU, Vinicius Marques de Carvalho, Débora afirmou que o INSS está elaborando um plano para ressarcir os segurados afetados por descontos indevidos. "Nós traremos oportunamente um plano onde serão abordadas, tratadas todas as informações, para, em seguida, em uma força-tarefa conjunta, promovermos o integral ressarcimento dos valores irregularmente descontados dos nossos segurados", declarou.

A operação deflagrada nesta semana tem como foco associações suspeitas de realizar descontos indevidos em contracheques de aposentados e pensionistas. Investigações preliminares indicam que esses valores podem ter alcançado R$ 6,3 bilhões desde 2019, embora ainda não esteja claro quanto desse montante foi efetivamente cobrado de forma ilegal.

A CGU e o INSS informaram que os descontos indevidos serão interrompidos já nos pagamentos de maio. A recomendação é que os beneficiários não procurem agências do INSS neste momento, uma vez que a suspensão será automática. Caso parcelas já tenham sido lançadas, elas não serão repassadas às entidades envolvidas, e sim devolvidas no mês seguinte.

O governo federal confirmou que o plano de devolução deve englobar também os valores que foram bloqueados pela Justiça durante a operação, estimados até agora em cerca de R$ 2 bilhões. Até o momento, pelo menos 11 entidades associativas estão sob investigação. 

A operação resultou em mandados de busca e apreensão, além de prisões preventivas em diferentes estados do país. A expectativa do governo é que, com a nova liderança no INSS, o órgão consiga retomar a estabilidade administrativa e acelerar a apuração dos danos causados aos beneficiários da Previdência Social.

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Fonte: Brasil 247

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