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Atriz Paolla Oliveira defende direito ao aborto e critica imposição da maternidade

Em entrevista ao Roda Viva, atriz relembra julgamentos por não ser mãe, denuncia pressões estéticas e exalta autonomia feminina

Da Redação

Terça - 06/05/2025 às 09:34



Foto: Reprodução/YouTube/Roda Viva Paolla Oliveira
Paolla Oliveira

Na segunda-feira (5), a atriz Paolla Oliveira participou do programa Roda Viva, na TV Cultura, e fez declarações fortes sobre os direitos das mulheres, falando sobre aborto, maternidade, padrões de beleza e o papel da mulher na sociedade, segundo a Folha de S. Paulo. A entrevista foi cheia de reflexões pessoais, onde Paolla compartilhou sua experiência e os desafios que as mulheres enfrentam.

Quando foi perguntada sobre o aborto, Paolla foi clara: “Eu sou a favor. Acho que não considerar o aborto uma opção é um retrocesso”. Para ela, a mulher deve ter o direito de escolher sobre a interrupção da gravidez, como parte da luta pela autonomia e pelos direitos reprodutivos.

Paolla também falou sobre a pressão para ser mãe. Ela revelou que, por não ter filhos, sofreu críticas e cobranças. “Hoje, não me sinto mais envergonhada por isso”, disse, explicando que congelou óvulos para ter a opção de ser mãe no futuro, se desejar. Ela contou que, muitas vezes, sentiu que a sociedade a via como “menos mulher” por não seguir o padrão de maternidade.

A atriz ainda compartilhou que perdeu uma campanha publicitária por ser considerada “menos família”, o que ela acredita refletir uma visão conservadora sobre o papel da mulher. “Já me chamaram de insensível, amarga”, contou. Mesmo assim, Paolla comemorou a independência das mulheres, principalmente no amor. Para ela, um relacionamento deve ser uma troca e não uma forma de se anular. “Não faz sentido abrir mão de quem você é por outra pessoa”, afirmou.

Paolla também falou sobre como a pressão estética afetou sua vida. Ela explicou como aprendeu a aceitar seu corpo, mesmo com as críticas sobre suas coxas e braços. “Tive que me encontrar e me sentir bem com meu corpo”, disse. Ela criticou os padrões que fazem as mulheres tentarem se encaixar em um molde único e concluiu: “Aprendi a me amar e a ver beleza nas mulheres de diferentes formas”.

Outro assunto discutido foi o alcoolismo, tema da personagem de Paolla na novela. A atriz contou que decidiu não participar de campanhas de bebidas enquanto interpretava a personagem, por respeito ao tema e à dependência química. “Alguns estigmas ainda existem. Quem sofre disso sempre é julgada, como se fosse falta de caráter ou de força de vontade”, explicou. Para ela, a situação é ainda mais difícil para as mulheres.

Por fim, Paolla também falou sobre o papel das rainhas de bateria no Carnaval. Ela defendeu que, embora o Carnaval seja um espaço diverso, o título de rainha de bateria deve ser dado principalmente a mulheres da comunidade, especialmente as mulheres negras. “Elas merecem muito esse reconhecimento”, disse, destacando a importância de aprender com essas mulheres e respeitar a comunidade que faz o Carnaval acontecer.

Fonte: Brasil 247

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