
A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) manifestou nessa quarta-feira (30), preocupação com o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, incluindo a carne bovina, a partir do dia 6 de agosto. Somada à atual alíquota de 26,4%, a carga tributária total ultrapassaria 76%, o que, segundo a entidade, compromete a viabilidade econômica das exportações para o mercado norte-americano.
Em 2024, os Estados Unidos importaram 229 mil toneladas de carne bovina brasileira. A projeção para 2025 era de um crescimento expressivo, com previsão de atingir 400 mil toneladas. Com a nova tarifa, o setor teme prejuízos significativos, perda de mercado e impactos diretos na cadeia produtiva.
A ABIEC informou que está em diálogo com os importadores norte-americanos e colabora com o governo federal para encontrar uma solução negociada. A entidade reforça a importância de preservar o fluxo comercial com os Estados Unidos, que atravessam o menor ciclo pecuário dos últimos 80 anos, o que aumenta a demanda por carne bovina importada.
Além disso, a associação destacou os esforços conjuntos com o Ministério da Agricultura e Pecuária para a abertura de novos mercados, e o trabalho articulado com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), que atuam nas frentes diplomáticas e comerciais.
A ABIEC reafirmou ainda seu compromisso de atuar de forma propositiva e cooperativa com o setor público e os parceiros internacionais para manter a competitividade da carne bovina brasileira, garantir previsibilidade aos exportadores e contribuir com o equilíbrio do comércio internacional e da segurança alimentar global.
Confira a nota da ABIEC na íntegra:
A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) acompanha com atenção o anúncio do presidente Donald Trump sobre a aplicação de uma nova tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, sem isenção para a carne bovina, a partir de 6 de agosto. Somada à alíquota atual de 26,4%, a carga tributária total ultrapassaria 76%, comprometendo a viabilidade econômica das exportações ao mercado norteamericano, que importou 229 mil toneladas em 2024. Para 2025, a previsão era atingir 400 mil toneladas. A entidade está em diálogo com os importadores norte-americanos e colabora com o governo federal na busca de uma solução negociada. Reforça a importância de preservar o fluxo comercial com os EUA, que enfrentam atualmente o menor ciclo pecuário dos últimos 80 anos. Também destaca a atuação conjunta do esforço do Ministério da Agricultura e Pecuária na abertura de novos mercados e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) nas articulações diplomáticas e comerciais. A ABIEC seguirá atuando de forma propositiva, em parceria com o setor público e os importadores, para preservar a competitividade da carne bovina brasileira, assegurar previsibilidade aos exportadores e contribuir com o equilíbrio do comércio internacional e da segurança alimentar global.
Fonte: ABIEC