As mensalidades das escolas particulares do Piauí podem sofrer reajuste de quase 10%, percentual acima da inflação. A estimativa é do Sindicato das Escolas Particulares, que atribui o aumento à elevação dos custos operacionais e aos investimentos feitos pelas instituições de ensino.
Segundo a entidade, não existe um percentual único de aumento, já que os custos variam de acordo com a realidade de cada escola. Fatores como a folha de pagamento, o consumo de energia elétrica e a estrutura física influenciam diretamente no cálculo das mensalidades. Além disso, os investimentos em tecnologia educacional têm pesado cada vez mais no orçamento das instituições.
De acordo com o sindicato, muitas escolas apresentam bom desempenho em avaliações como o Enem justamente por utilizarem ferramentas tecnológicas modernas, plataformas digitais e novos métodos de ensino. No entanto, esse avanço tem um custo elevado e acaba refletindo no valor cobrado das famílias.
Empresários do setor dizem que, mesmo com os reajustes anuais, a lucratividade das escolas permanece baixa. A entidade que representa a categoria afirma que os aumentos nas mensalidades não acompanham o crescimento dos custos nem os índices inflacionários dos insumos necessários para o funcionamento das instituições. Em alguns casos, escolas acumulam prejuízos há anos, situação agravada por impactos financeiros anteriores à pandemia da Covid-19.
Outro fator que pressiona os valores é a ampliação de programas educacionais, como ensino bilíngue, projetos socioemocionais e a qualificação constante de profissionais, que exigem mais estrutura e investimento. Para os pais e responsáveis, a orientação é buscar diálogo com as escolas. Segundo o sindicato, muitas instituições oferecem alternativas como descontos, condições especiais ou planos de pagamento diferenciados, dependendo da situação financeira da família.
Além do reajuste nas mensalidades, o setor enfrenta outro desafio: a redução no número de alunos. Nos últimos três anos, a rede particular do Piauí registrou uma queda de quase 10% nas matrículas, atribuída principalmente à migração de estudantes para a rede pública. Diante desse cenário, cada escola tem adotado estratégias próprias para tentar conter a evasão e manter os alunos matriculados.
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