Mais de 23 mil famílias piauienses deixarão de receber o Bolsa Família a partir deste mês de julho, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome (MDS). Do total, 10.495 famílias tiveram aumento de renda e ultrapassaram o limite para continuar no programa.
Outras 12.551 chegaram ao fim do prazo da regra de proteção, mecanismo que garante metade do valor do benefício por até dois anos para quem conseguiu uma ocupação formal.
Com isso, essas famílias passam a viver exclusivamente da renda oriunda do trabalho, consolidando a saída gradual do programa de transferência de renda.
Segundo o secretário de Desenvolvimento e Assistência Social do Piauí, João de Deus, essa movimentação é natural, já que o Bolsa Família é dinâmico e se adapta à realidade socioeconômica das famílias.
“O objetivo central do programa é incentivar as pessoas a buscarem renda própria. Quando alguém da família consegue um emprego formal, o sistema automaticamente identifica a alteração na renda per capita. Sempre haverá essa variação, porque a meta é que as famílias não dependam do benefício de forma permanente”, explicou o secretário.
No Piauí, mais de 500 mil famílias ainda recebem o Bolsa Família. Já no Brasil, cerca de um milhão de domicílios deixarão de receber o pagamento em julho por aumento de renda.
Proteção para quem voltar a precisar
Mesmo após saírem do programa, essas famílias permanecem protegidas pela regra do retorno garantido. Isso significa que, se voltarem a enfrentar situação de pobreza, terão prioridade para retomar o benefício.
Além das que saíram pelo fim do prazo da regra de proteção, outras 385 mil famílias em todo o país ultrapassaram R$ 759 de rendimento por pessoa, valor acima do limite estabelecido para o benefício.
Segundo o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, o Bolsa Família, aliado a outras políticas públicas, tem sido fundamental para reduzir a insegurança alimentar.
“Somente em 2023, 24,4 milhões de brasileiros saíram da insegurança alimentar grave. Nossa meta é que, até 2026, o país volte a sair do Mapa da Fome, como ocorreu em 2014”, afirmou.
Fonte: Secom
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