
O Brasil registrou queda na taxa de desemprego para 6,2% no trimestre encerrado em maio de 2025, o menor nível já observado para o período desde 2012, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (27) pelo IBGE. O resultado representa uma redução de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (6,8%) e de 1,0 ponto percentual na comparação com o mesmo período do ano passado (7,1%). A melhora é atribuída principalmente ao crescimento das contratações formais e à diminuição do desalento.
De março a maio, o número de pessoas desocupadas caiu para 6,8 milhões, redução de 8,6% frente ao trimestre anterior e de 12,3% em relação a 2024. Já a população ocupada subiu para 103,9 milhões, crescimento de 1,2 milhão no trimestre e de 2,5% em 12 meses, elevando o nível de ocupação para 58,5% da população em idade de trabalhar.
Um dos destaques foi o recorde no número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, que alcançou 39,8 milhões, alta de 3,7% na comparação anual. “O mercado de trabalho se mostra aquecido, levando à redução da mão-de-obra mais qualificada disponível e ao aumento de vagas formais”, afirmou William Kratochwill, analista do IBGE.
A taxa de informalidade também apresentou recuo, caindo para 37,8% (39,3 milhões de trabalhadores), abaixo dos 38,1% do trimestre anterior e dos 38,6% de um ano atrás. O resultado reflete estabilidade no número de empregados sem carteira (13,7 milhões) e crescimento de 3,7% no trimestre entre trabalhadores por conta própria com CNPJ.
O número de desalentados pessoas que desistiram de procurar emprego, chegou a 2,89 milhões, o menor nível desde 2016. A taxa composta de subutilização, que inclui desempregados, subocupados e desalentados, caiu para 14,9%, contra 15,7% no trimestre anterior.
Em termos de setores, apenas o setor público ampliado, que inclui administração pública, educação, saúde e assistência social, apresentou crescimento na comparação trimestral, reflexo do início do ano letivo. Em relação ao mesmo período de 2024, comércio, indústria, transporte, atividades administrativas e o setor público ampliado foram os que mais abriram vagas, enquanto a agropecuária teve queda de cerca de 307 mil postos.
A renda média habitual ficou em R\$ 3.457, praticamente estável no trimestre, mas 3,1% acima do valor registrado um ano antes. Já a massa de rendimento habitual, que soma o total recebido por todos os ocupados, atingiu recorde de R\$ 354,6 bilhões, alta de 1,8% no trimestre e de 5,8% em 12 meses, impulsionada principalmente pelo aumento do número de trabalhadores, e não por ganhos salariais.
Fonte: Brasil 247