
O prefeito Silvio Mendes afirmou que a Prefeitura de Teresina não tem condições financeiras de aumentar o subsídio do transporte público na capital, que atualmente é de R$ 6 milhões. Motoristas e cobradores deflagraram greve nesta segunda-feira (12), por tempo indeterminado. A categoria reivindica reajuste salarial, melhorias em benefícios como ticket alimentação e plano de saúde.
"A prefeitura não tem dinheiro para colocar no sistema. Estamos enfrentando dificuldades financeiras, como já foi anunciado, em situação de calamidade e com dívidas elevadíssimas. Então não tem dinheiro para aumentar o subsídio do transporte coletivo", disse Silvio Mendes.
Ele também acrescentou que a prefeitura adotou medidas emergenciais para minimizar os transtornos à população, como o cadastro de transportes alternativos. "A Prefeitura tomou providências. A STRANS cadastrou vans e o que mais for necessário para diminuir o prejuízo da população. Vamos ver o que aqui se resolve", disse.
Veículos cadastrados
A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (STRANS) iniciou, na sexta-feira (9), o cadastramento de transportes temporários que irão dar suporte à população durante a greve. A tarifa será cobrada no valor integral de R$ 4,00, podendo ser paga em espécie ou via transferência bancária por PIX. O pagamento da meia-estudantil e a oferta da gratuidade não serão possíveis.
Setut aciona Justiça
O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) ingressou com medida cautelar junto à Justiça do Trabalho solicitando que seja garantida a circulação de parte da frota de ônibus durante a greve dos trabalhadores.
O Setut pediu que 100% da frota opere nos horários de pico, das 6h às 9h e das 17h às 20h de segunda a sexta-feira, e das 6h às 9h e das 12h às 15h aos sábados. Para os demais horários e domingos, a entidade solicita o funcionamento de 89% da frota.
Ainda nesta sexta-feira (9), a desembargadora Liana Ferraz de Carvalho, do TRT da 22ª Região, proferiu decisão liminar determinando que o Sintetro mantenha a circulação mínima da frota, variando entre 40% e 80%, a depender do horário. Em caso de descumprimento, foi fixada multa diária de R$ 50 mil.