
Os salários dos servidores da Prefeitura de Teresina estão congelados há mais de 12 anos, sem nenhum reajuste. A Secretaria Municipal de Administração não tem proposta de reajuste. O Sindicato dos Servidores Municipais está tentando convencer o prefeito Silvio Mendes a dar aumento a todos os servidores. O vereador João Pereira (PT), em entrevista ao portal Piauí Hoje, criticou a gestão municipal e reforçou a necessidade de reajustar o salário dos servidores.
Nesta sexta-feira (17.05), o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Teresina (Sindserm), Sinésio Santos, acusou a gestão do prefeito Silvio Mendes de promover um “massacre” contra os servidores públicos da capital.
Entre as principais queixas estão o descumprimento de leis que garantem adicionais à Guarda Civil Municipal, sobrecarga de trabalho na saúde, manipulação da jornada na educação e medidas que, segundo o sindicato, comprometem a qualidade do ensino. Como resposta, a categoria prepara uma nova mobilização. Uma assembleia geral da categoria será realizada na terça-feira (21), a partir das 8h30, no Teatro de Arena. O ato será seguido de uma manifestação em frente à Prefeitura.
De acordo com Sinésio, a gestão atual consegue ser pior que a do ex-prefeito Dr. Pessoa.
“Em relação à Guarda Civil, por exemplo, o prefeito não está pagando o adicional de risco de vida e de hierarquia, direitos garantidos por lei”, afirma.
A situação levou à aprovação do movimento Guarda Legal, que começa nesta segunda-feira (20). Os guardas municipais afirmam que não aceitarão trabalhar com coletes vencidos, veículos irregulares ou exercer funções além das previstas.
Na saúde, o sindicato aponta falhas no pagamento da gratificação aos profissionais do laboratório Raul Bacelar e critica a não convocação dos aprovados em concurso, o que tem sobrecarregado os trabalhadores.
Na educação, o Sindserm denuncia a junção de turmas de diferentes séries, o excesso de alunos por sala, remoções ilegais de professores e a tentativa de somar o tempo de recreio à jornada de trabalho — prática que já foi barrada na Justiça em ações movidas pelo sindicato.
“Estão destruindo a qualidade da educação municipal e impondo medidas ilegais”, afirma Sinésio.
Segundo ele, as decisões são articuladas por figuras da antiga gestão.
“O secretário Ismael obedece às ordens de Irene Lustosa, indicada por Kléber Montezuma, que hoje atua como secretário paralelo da educação, mesmo respondendo na Justiça Federal por um desvio de R$ 44 milhões”, diz.
O Sindserm reforça que não aceitará que os servidores arquem com os custos de um suposto rombo nas contas públicas.
“Silvio Mendes fala de um rombo, mas não diz quem causou e nem cobra de quem desviou. Quer que o servidor pague essa conta — e isso nós não aceitaremos.”