Dez empresas passaram na primeira etapa da licitação e estão na disputa para a retomada da obra da ponte que ligará os bairros Água Mineral, na zona Norte de Teresina, e Ininga, na zona Leste, a chamada ponte da Ufpi. De acordo com informações da Secretaria Municipal de Administração, as propostas estão sendo analisadas e não há prazo para a conclusão desta etapa e para o efetivo início das obras.
Projeto da nova ponte sobre o Rio Poty
Enquanto isso, o canteiro de obra segue abandonado. Uma equipe do Portal Piauí Hoje esteve no local, de onde é possível ver as marquises instaladas no Rio Poty cercadas por aguapés. A etapa de fundação foi a única que avançou, mas pode sofrer deterioração devido ao ambiente úmido.
Especialistas afirmam que a estrutura metálica das marquises, exposta ao ar e à variação climática sem a proteção final, está vulnerável. Quanto mais tempo a situação durar, maiores serão os danos e mais caro e complexo será reiniciar e concluir a obra.

Esta é a terceira licitação para a obra, dessa vez estimada em R$ 59,2 milhões. A primeira ordem de serviço foi assinada em outubro de 2019, com previsão para ser concluída até agosto de 2021, mas as duas primeiras empresas que ganharam o direito de executar o trabalho não foram até o final.
Em um relatório sobre os prejuízos das obras paralisadas, o TCU (Tribunal de Contas da União) destaca que não se trata apenas de desperdício do dinheiro público. No caso da Ponte da Ufpi, o próprio atraso na conclusão da obra, adia também todo o desenvolvimento previsto para a região. A nova ponte, com cerca de 250 metros de extensão, quatro faixas de rolamento e ciclovia, prometia melhorar o fluxo de veículos na área e interligar a zona Norte à Avenida Ulisses Marques, um importante corredor do lado Leste da cidade. Sem a obra, também. Outro prejuízo é a ausência de geração de emprego na construção civil e setores relacionados.