Brasil

ENERGIA ELÉTRICA

Governo Lula quer ampliar isenção na conta de luz para famílias de baixa renda

Proposta pode beneficiar até 60 milhões de brasileiros com consumo mensal de até 80 kWh

Da Redação

Quinta - 17/04/2025 às 11:40



Foto: Divulgação/PAC Casas com energia
Casas com energia

O governo federal quer ampliar o número de brasileiros com isenção ou descontos na conta de luz e, para isso, o Ministério de Minas e Energia encaminhou na quarta-feira (16) à Casa Civil a minuta de um projeto que deve ir ao Congresso.

A ideia é que mais famílias de baixa renda possam conseguir “justiça tarifária”, como é chamada pelo Planalto. Ao todo, a expectativa é que 60 milhões de brasileiros sejam beneficiados.

A justiça tarifária pretende isentar todas as famílias de baixa renda que fazem parte do Cadastro Único e que consumam até 80 kWh por mês.

Para conseguir a isenção, as famílias devem ter renda mensal comprovada de até meio salário mínimo per capita. Elas já não pagam nenhum encargo referente à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que é custeada pela conta de luz, e nem continuarão pagando.

O texto ainda será enviado ao Congresso, seja via medida provisória ou projeto de lei. Caberá à Casa Civil decidir.

Demais eixos

O projeto terá três eixos principais: a chamada “liberdade para o consumidor”; a busca de equilíbrio para o setor elétrico; e, por fim, a justiça tarifária.

Ainda de acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), o grande diferencial dessa reformulação no sistema elétrico será permitir ao consumidor de baixa tensão escolher de qual empresa irá comprar energia.

Segundo o texto, a abertura de mercado acontecerá a partir de março de 2027 para a indústria e comércio, e em março de 2028 para os consumidores residenciais.

O último eixo, batizado de equilíbrio do setor elétrico, promete ainda a diminuição de subsídios para poder bancar a tarifa social.

Para isso, o consumidor de baixa tensão deixará de ter desconto na compra de energia incentivada. Porém, os contratos em vigor serão cumpridos.

O cálculo do MME é que, sem o fim dos subsídios, os consumidores tenham um aumento de 1,4% na conta de luz para arcar com a tarifa social.

Fonte: CNN

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