Preso ao tentar fugir do Brasil, Silvinei Vasques ficará na Papudinha com Anderson Torres

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Silvinei Vasques foi condenado por participar da trama golpista

O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Marques Vasques, condenado por integrar o núcleo militar da trama golpista de 2022, foi preso preventivamente na sexta-feira (26) ao tentar deixar o Brasil. A prisão ocorreu no Aeroporto Internacional de Assunção, no Paraguai, quando ele tentava embarcar para El Salvador, com escala no Panamá.

Após expulsão sumária pelo governo paraguaio, Vasques foi repatriado para cumprir medida cautelar decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

A decisão do magistrado considerou a violação de condições impostas anteriormente, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição expressa de deixar o território nacional. Vasques foi condenado em primeiro grau, em maio de 2024, a mais de 9 anos de prisão pelos crimes de tentativa de golpe de Estado e abuso de poder, conforme registros do processo no STF.

Neste sábado (27), o ex-diretor foi transferido para o 19º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, conhecido como Papudinha. No local, ele irá dividir a cela com outro condenado de alto perfil nos processos sobre os atos golpistas: o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que está detido no mesmo batalhão desde 25 de novembro.

A trajetória de Vasques até a Papudinha incluiu passagens por Foz do Iguaçu (PR) e Ciudad del Este (PY), após negociação diplomática entre Brasil e Paraguai. A Procuradoria-Geral da República (PGR) apontou o ex-diretor como integrante do chamado "núcleo 2" da trama, responsável por articular ações com militares e agências de segurança para obstruir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

Esta não é a primeira prisão preventiva de Silvinei Vasques. Ele havia sido detido em agosto de 2023, mas foi solto posteriormente por decisão do STF. A nova ordem de prisão, agora relacionada à tentativa de fuga e ao descumprimento de regras, reforça a gravidade das acusações e a determinação da Justiça em assegurar o cumprimento das penas aplicadas aos envolvidos nos eventos antidemocráticos de janeiro de 2023.