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Polícia Federal confirma necessidade de cirurgia de hérnia para Jair Bolsonaro

A recomendação médica é de que a cirurgia ocorra "o mais breve possível" para evitar o agravamento das hérnias devido à pressão causada pelos soluços

Da Redação

Sexta - 19/12/2025 às 16:59



Foto: Fábio Vieira/Metrópoles Ex-presidente, Jair Bolsonaro
Ex-presidente, Jair Bolsonaro

A Junta Médica da Polícia Federal (PF) concluiu, nesta sexta-feira (19), que o ex-presidente Jair Bolsonaro deve passar por um procedimento cirúrgico para corrigir hérnias inguinais bilaterais e tratar um quadro persistente de soluços. O laudo, solicitado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, é peça-chave para decidir se Bolsonaro, atualmente cumprindo pena de 27 anos e 3 meses em regime fechado, poderá ser operado em um hospital privado.

“Esta Junta Médica entende que deve ser realizado o mais breve possível, haja vista a refratariedade aos tratamentos instituídos, a piora do sono e da alimentação, além de acelerar o risco das complicações do quadro herniário, em decorrência do aumento da pressão intra-abdominal”, diz conclusão enviada ao ministro Alexandre de Moraes.

 A cirurgia, recomendada pela equipe médica, não pode ser realizada em ambiente prisional. O tempo estimado de permanência no hospital varia entre 5 e 7 dias. 

Quadro de soluços

Os peritos também analisaram o quadro de soluços de Bolsonaro, que é uma das principais reclamações de saúde do ex-presidente.

"No tocante ao quadro de soluços, o bloqueio do nervo frênico é tecnicamente pertinente. Quanto à tempestividade do procedimento, esta Junta Médica entende que deve ser realizado o mais breve possível, haja vista a refratariedade aos tratamentos instituídos, a piora do sono e da alimentação, além de acelerar o risco das complicações do quadro herniário, em decorrência do aumento da pressão intra-abdominal", diz o documento.

Segundo os peritos, Bolsonaro relatou que tornaram-se persistente após a última cirurgia abdominal realizada em abril de 2025. "Diante do relato de falha na terapêutica medicamentosa e nas medidas clínicas e comportamentais usuais, o bloqueio do nervo frênico guiado por ultrassom dos ramos eferentes – conforme proposto pela equipe médica assistente – faz parte do arsenal terapêutico descrito na literatura para o tratamento de soluços persistentes pós-operatórios, como é o caso do periciado", escreveu a junta médica.

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