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CANDIDATURA

PL cogita lançar Débora do Batom, envolvida no 8 de Janeiro, como candidata em 2026

Partido Liberal aposta na candidatura da cabeleireira, que ganhou notoriedade durante os atos golpistas, apesar de estar com prisão domiciliar

Da Redação com informações do Brasil 247

Sábado - 29/03/2025 às 18:13



Foto: Reprodução/ Redes Sociais Estátua da Justiça no STF pichada por Débora Rodrigues dos Santos durante os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023
Estátua da Justiça no STF pichada por Débora Rodrigues dos Santos durante os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023

O Partido Liberal (PL) está cogitando lançar Débora Rodrigues dos Santos, conhecida como "Débora do Batom", como candidata a deputada federal nas eleições de 2026. 

Débora ganhou visibilidade após sua participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, quando foi presa por sua envolvência nas manifestações antidemocráticas e, durante esse período, ficou marcada pela pichação da estátua do Supremo Tribunal Federal (STF) com a frase "perdeu, mané".

A sua prisão em janeiro do ano passado gerou repercussão e a fez se tornar um símbolo para o movimento de anistia defendido por parte da direita bolsonarista. Ao sair do Centro de Ressocialização Feminino de Rio Claro (SP) na última sexta-feira (28 de março), após o ministro Alexandre de Moraes, do STF, conceder sua prisão domiciliar, Débora continuou sendo apoiada por figuras do PL. 

O deputado Sóstenes Cavalcante, líder do partido na Câmara, manifestou apoio à ideia de lançar Débora como candidata, declarando que ela seria um “símbolo da luta pela liberdade”. Cavalcante também afirmou que a cabeleireira receberia o total apoio do partido para a candidatura.

Apesar de estar em prisão domiciliar, Débora segue cumprindo medidas cautelares determinadas pela Justiça, como o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de acessar redes sociais, de dar entrevistas, além de restrições no contato com outros investigados. A candidatura de Débora depende, no entanto, da decisão da Justiça Eleitoral, que avaliará a elegibilidade de qualquer filiado, mesmo que o partido tenha solicitado seu registro. 

A Lei Eleitoral estabelece que candidatos com condenações definitivas por crimes, ou seja, com sentença transitada em julgado, têm seus direitos políticos suspensos, o que os impede de votar ou de ser votado enquanto a sentença estiver vigente.

Além de Débora do Batom, o PL também está considerando a candidatura de Luísa Cunha, filha de Clézão, manifestante que morreu durante as manifestações no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Sóstenes Cavalcante mencionou que Luísa demonstrou interesse em entrar para a política pelo partido, embora a candidatura de Débora tenha gerado maior destaque.

Fonte: Brasil 247

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