O ex-presidente Jair Bolsonaro, prestes a completar um mês de prisão na Superintendência da Polícia Federal, agora aguarda apenas que sua defesa defina o cronograma para realizar a cirurgia de correção de hérnia inguinal bilateral. A autorização foi concedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com base em um laudo da Polícia Federal que confirmou a necessidade do procedimento.
Apesar de a defesa ter solicitado urgência, o ministro destacou que a intervenção tem caráter eletivo, embora os peritos recomendem que ela ocorra o quanto antes para evitar complicações. Enquanto a cirurgia foi permitida, Moraes negou o pedido de prisão domiciliar, reforçando que o benefício não se aplica a condenados em regime fechado.
A condição de Bolsonaro piorou progressivamente nos últimos meses. Em agosto de 2025, os exames não apontavam a doença; em novembro, surgiu em um lado e, agora em dezembro, os exames de imagem confirmaram a presença nos dois lados da virilha.
A hérnia ocorre quando um tecido, geralmente parte do intestino, atravessa um ponto de fraqueza na musculatura abdominal. No caso do ex-presidente, os peritos acreditam que o esforço causado por soluços persistentes e tosse crônica aumentou a pressão interna do abdômen, agravando a lesão. Isso tem gerado dificuldades para dormir, problemas na alimentação e desconforto físico constante.
Para que o procedimento saia do papel, o rito jurídico deve seguir estas etapas: os advogados precisam informar ao Judiciário o hospital, a equipe médica e a data prevista; assim que a data for apresentada, a Procuradoria-Geral da República terá 24 horas para dar seu parecer; Como Bolsonaro cumpre pena de 27 anos e 3 meses em regime fechado, o deslocamento e a permanência no hospital (estimada em 5 a 7 dias) exigirão uma escolta reforçada da Polícia Federal.
Fonte: Metrópoles