Durante um jantar no Palácio do Itamaraty em homenagem ao presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi informado sobre a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, aproximou-se da mesa presidencial para comunicar a Lula sobre a acusação formalizada. Em seguida, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, mostrou a Lula uma notícia relacionada à denúncia em seu celular. Após a breve interação, Barroso deixou o evento.
A PGR acusa Bolsonaro de liderar uma organização criminosa armada com o objetivo de abolir violentamente o Estado Democrático de Direito e executar um golpe de Estado. Além de Bolsonaro, outras33 pessoas foram denunciadas, incluindo o ex-ministro Walter Braga Netto, que atualmente está preso preventivamente. As acusações incluem crimes como dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. A denúncia será analisada pelo Supremo Tribunal Federal, que decidirá se aceita a acusação e inicia o processo judicial.
Em declarações anteriores, Bolsonaro negou as acusações e afirmou não estar preocupado com elas. A denúncia da PGR baseia-se em investigações que apontam para a existência de um plano denominado "Daga Verde e Amarela", que supostamente incluía ações para desestabilizar a ordem democrática e até mesmo um plano para envenenar o presidente Lula.
O relatório da Polícia Federal detalha que o esquema buscava gerar desconfiança no sistema eleitoral, pressionar altos comandos militares e provocar distúrbios na capital. A decisão final sobre a abertura de processo cabe ao STF, que avaliará as evidências apresentadas pela PGR.
Veja o vídeo abaixo:
Fonte: Diário do Centro do Mundo
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