Brasil

DEPUTADA CONDENADA

Como a Lista Vermelha da Interpol pode acelerar a prisão de Carla Zambelli

Deputada condenada a 10 anos de prisão pelo STF pode ter dados compartilhados com polícias de quase 200 países caso Interpol aceite o pedido de inclusão

Da Redação

Quarta - 04/06/2025 às 12:59



Foto: Reprodução Carla Zambelli (PL)
Carla Zambelli (PL)

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), pode ser incluída na Lista de Difusão Vermelha da Interpol. O ministro Alexandre de Moraes pediu oficialmente que o nome dela fosse adicionado ao sistema, depois de Zambelli anunciar que deixou o país e de ter sua prisão preventiva decretada. A informação é do portal g1.

A Difusão Vermelha é uma ferramenta da Interpol, a organização internacional de polícia, que facilita a colaboração entre as forças de segurança de 196 países. Quando uma pessoa entra na lista, seus dados pessoais, foto, os crimes que cometeu e o mandado de prisão são compartilhados globalmente. Isso permite que qualquer polícia dos países membros da Interpol localize e prenda a pessoa, facilitando a sua extradição.

No entanto, a inclusão na lista não é automática. A Secretaria-Geral da Interpol faz uma análise para garantir que o caso não tenha motivos políticos, raciais, religiosos ou de origem, já que a organização precisa ser neutra. Só depois dessa verificação é que o nome pode ser oficialmente divulgado.

Zambelli foi condenada por participar de ataques ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e, com a prisão preventiva decretada, passou a ser considerada foragida. Caso ela seja realmente incluída na Difusão Vermelha, sua localização e prisão em outro país seriam facilitadas e poderiam acontecer mais rapidamente.

A Difusão Vermelha foi criada em 1947, sendo o primeiro banco de dados da Interpol. Desde a década de 1980, os registros passaram a ser digitalizados. Hoje, além desse sistema, a Interpol possui outros alertas de cores diferentes e 19 bancos de dados que incluem informações como impressões digitais, DNA, documentos falsificados e até tráfico de obras de arte.

Um exemplo recente do sucesso desse sistema foi a prisão de Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, membro do PCC, que estava foragido há cinco anos. Ele foi capturado na Bolívia, graças aos bancos de dados biométricos da Interpol.

Fonte: Brasil247

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