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RESULTADO DO ÓDIO

Bolsonarista que matou petista na festa de aniversário vai para prisão no Paraná

Jorge José da Rocha Guaranho assassinou Marcelo Arruda em 2022, em Foz do Iguaçu (PR). Ele virou assassino, perdeu o emprego federal e vai passar 20 anos na cadeia por causa da paixão por Bolsonaro

Da Redação

Sábado - 15/03/2025 às 21:53



Foto: Redes sociais Por intolerância ideológica e fanatismo Jorge Guaranhos vai passar 20 anos na cadeia
Por intolerância ideológica e fanatismo Jorge Guaranhos vai passar 20 anos na cadeia

A Justiça do Paraná derrubou a decisão liminar que autorizou o ex-agente penitenciário federal Jorge Guaranho a cumprir pena em regime domiciliar. Guaranho foi condenado a 20 anos de pena, em fevereiro deste ano, pelo assassinato do tesoureiro do PT Marcelo Arruda. Ele vai cumprir pena em regime fechado no Complexo Médico Penal, em Pinhais (PR).

Jorge Guaranhos alegou legítima defesa, tese sem fundamento, já que ele, por fanatismo e idolatria a Jair Bolsonaro, foi até o clube para acabar a festa de aniversário de Marcelo Arruda, cujo tema era o presidente Lula. Guaranhos entrou no lugar atirando.

O desembargador Gamaliel Seme Scaff, do Tribunal de Justiça do Estado, determinou "imediata condução" dele ao Complexo Médico Penal, em Pinhais, para cumprir a condenação de 20 anos, em regime fechado, pelo assassinato do guarda municipal e tesoureiro do PT Marcelo Arruda. O crime aconteceu em Foz do Iguaçu, em 2022.

Em um primeiro momento, a Justiça autorizou o regime domiciliar até uma avaliação médica do quadro de saúde de Guaranho. A defesa apresentou laudos que atestavam a necessidade de cuidados médicos constantes. O Complexo Médico Penal de Pinhais informou que tem "totais condições de prestar assistência" a ele, o que levou o desembargador a determinar a prisão.

"Considerando que, à luz da lei penal, o referido paciente já se encontra cumprindo pena de prisão na forma domiciliar, revogo-a e determino que seja o ora paciente Jorge José da Rocha Guaranho, conduzido por unidade policial até aquele Complexo Médico Penal, servindo a presente decisão de mandado judicial de condução, com determinação de cumprimento imediato, autorizado inclusive o seu cumprimento no período noturno, dadas as peculiaridades processuais e as repercussões sociais do presente caso", diz a decisão.

Jorge Guaranho foi condenado no Tribunal do Júri por homicídio doloso duplamente qualificado por motivo fútil e perigo comum (quando um número indeterminado de pessoas é colocado em risco). O período de dois anos em que ele ficou preso preventivamente será descontado da pena final.

O crime aconteceu durante a festa de aniversário de 50 anos do petista em um clube de Foz do Iguaçu. O policial penal invadiu a celebração e matou o guarda a tiros na frente de familiares e convidados. O aniversário tinha temática do PT e, segundo o vigilante do local, Guaranho gritou "aqui é Bolsonaro" antes de atirar. Tudo foi registrado por câmeras de segurança.

No julgamento, o ex-policial penal admitiu que chegou de carro na festa com a música da campanha do então presidente Jair Bolsonaro (PL) e disse que agora considera a iniciativa uma "idiotice". Também alegou que atirou para se defender.

Os jurados reconheceram que o assassinato aconteceu por divergências ideológicas, o que foi considerado motivo fútil, que é uma circunstância "qualificadora", ou seja, um agravante que aumenta a pena. Conclusão: Jorge Guaranhos virou assassino, perdeu o emprego federal e vai passar 20 anos na cadeia por causa da paixão por Bolsonaro e pela violência.

Fonte: Terra/UOL

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