
Os gatos são conhecidos pelo hábito de se lamber para manter a higiene, mas em algumas situações essa prática pode não ser suficiente. Trouxemos para a coluna dessa semana esse debate sobre a necessidade de banhos nos felinos, que gera dúvidas entre os tutores, que nem sempre sabem quando a intervenção humana é recomendada para a limpeza dos animais.
A decisão de dar banho em gatos deve considerar o comportamento e as necessidades individuais de cada animal. Em muitos casos, a escovação regular pode ser suficiente para manter a higiene e a saúde da pelagem, reduzindo a necessidade de banhos frequentes. Sempre que houver dúvidas, a orientação de um médico veterinário é fundamental para garantir o bem-estar do felino.Segundo Fabiana Volkweis, professora de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Brasília (CEUB), os gatos geralmente não precisam tomar banho, pois realizam a autolimpeza por meio do grooming, um comportamento natural que consiste em lamber a própria pelagem. A língua áspera desses animais facilita a remoção de sujeiras e contribui para o conforto e o bem-estar.
No entanto, há exceções. Gatos de pelo longo, como os das raças Persa e Maine Coon, necessitam de cuidados extras para evitar que os fios embaracem, o que pode incluir escovação frequente e banhos ocasionais. Já os gatos da raça Sphynx, que não possuem pelos, apresentam uma pele mais oleosa e precisam de banhos regulares para manter a qualidade da derme.
Outra situação que exige atenção é quando os gatos têm acesso ao ambiente externo, como quintais e gramados. Ao transitarem por esses locais, podem acumular sujeira na pelagem, tornando o banho uma opção recomendada. Além disso, alguns felinos podem desenvolver problemas dermatológicos que requerem banhos terapêuticos, prescritos por um veterinário e realizados com shampoos específicos.
Para gatos de pelo curto que vivem exclusivamente dentro de casa e não apresentam condições especiais, a recomendação é evitar o banho. Caso o tutor considere necessário, a especialista orienta que a frequência seja limitada a uma vez por mês, salvo indicações veterinárias específicas.
Fonte: Sérgio Dias
