Eu agarro- me a uma solução para lidar com isso. Não estamos com as pessoas todos os dias; o que sabemos delas está ligado com as memórias. As pessoas são para nós o que recordamos delas em memória. Quando alguém que amamos morre, a dor surge pela consciência de que não as veremos mais. Nesse momento, precisamos trazer à consciência que a pessoa só morre quando morremos, pois ela está gravada em nossa memória.
Quando temos pessoas queridas que moram em outro país e ficamos sem ver as pessoas por anos, não sentimos o luto já que sabe que a pessoa está vida e usamos da memória para a recordar.
Não estamos 24 horas com as pessoas, mas o tempo que passamos com elas, fica na memória. Até porque não há o presente, o que vemos tarda milésimos de segundo para entendermos e memorizarmos. Logo, vida é memória, sem memória não há percepção.
Assim, penso numa eternidade enquanto há ciclo, onde a pessoa que se foi é eternizada na nossa memória. Não da mesma forma mas naquilo que ficou do que compartilhou com ela e do que partilha sobre ela.
Eternize os melhores momentos, as melhores lições que recebeu no convívio entre vocês. Traga à memória e reforce a imagem do que o fez amá-la. Se a ama, ela tem valor; traga nitidez a esse valor para que a sua vida tenha ainda mais significado. Pois se há amor, há qualidades que servem de aprendizado, de lembranças que alimentam as boas ações.
Ela não se foi, está viva enquanto você viver.
FILOSOFIA DE VIDA