Filosofia de Vida

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FILOSOFIA DE VIDA

O que acontece com o cérebro quando você joga videogame demais?

Neurocientista Dr. Fabiano de Abreu comenta sobre as alterações comportamentais e físicas que ocorrem no cérebro quando há excesso do uso de videogames.

Fabiano de Abreu

Quinta - 11/11/2021 às 14:59



Foto: Divulgação Jogos
Jogos

De acordo com estudos do NPD Group, uma empresa que realiza pesquisas de mercado global, 9 em cada 10 crianças jogam videogames. A popularidade dos aparelhos de games é notável desde a sua criação, não são raros os relatos de pessoas que passam horas em frente às telas dos jogos. O problema é que muitos estudiosos acreditam que o excesso de games antes dos 21 ou 22 anos podem causar alterações no cérebro.

"Pesquisadores na China realizaram ressonância magnética no cérebro de 18 estudantes que passavam cerca de 10 horas por dia jogando e puderam perceber que eles apresentavam menos massa cinzenta do que outras pessoas que passavam menos de duas horas por dia online", relata o neurocientista, phd e biólogo Dr. Fabiano de Abreu. De acordo com ele, na década de 90, os cientistas também alertavam para o risco de subdesenvolver regiões do cérebro que são responsáveis pelo comportamento, emoção e aprendizagem, já que os games estimulam a visão e o movimento.

No entanto, apesar das evidências científicas de possíveis prejuízos com o excesso de jogos, é difícil definir o limite entre a diversão e o vício. "Os jogos têm qualidades viciantes. O nosso cérebro está programado para ansiar por gratificação instantânea, ritmo acelerado e imprevisibilidade. Todas essas características podem ser adquiridas no videogame", detalha o neurocientista.

Quando se afasta uma pessoa 'viciada em jogos' dos videogames, ela pode apresentar mudanças notáveis de comportamento como se fossem crises de abstinência, podendo chegar até a agressão. "Mas, nem tudo é ruim. Os videogames podem ajudar o cérebro de várias maneiras, como aprimorar a percepção visual, a capacidade de alternar entre tarefas e melhorar processamento de informações", defende o Dr. Fabiano de Abreu.

Para ele, o importante é encontrar um equilíbrio. "Os jogos promovem habilidades úteis, com certeza, mas, se exercidas excessivamente, também podem se tornar problemas. Afinal, quando as crianças ficam tão acostumadas a realizar multitarefas e processar grandes quantidades de informações simultaneamente, elas podem ter problemas para se concentrar em uma palestra em um ambiente de sala de aula", exemplifica o especialista.

Sobre o Dr. Fabiano de Abreu 

Fabiano de Abreu Rodrigues  é PhD, neurocientista com formações também em neuropsicologia, biologia, história, antropologia, neurolinguística, neuroplasticidade, inteligência artificial, neurociência aplicada à aprendizagem, filosofia, jornalismo e formação profissional em nutrição clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International e membro da Federação Européia de Neurociências e da Sociedade Brasileira e Portuguesa de Neurociências.

Fabiano de Abreu

Fabiano de Abreu

Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues é PhD em Neurociências; Doutor e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências; Mestre em Psicologia; Mestre em Psicanálise com formações em neuropsicologia, licenciatura em biologia e em história, tecnólogo em antropologia, pós graduado em Programação Neurolinguística, Neurociência aplicada à Aprendizagem, Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, MBA, autorrealização, propósito e sentido, Filósofo, Jornalista, Especialização em Programação em Python, Inteligência Artificial e formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Membro ativo da Redilat - La Red de Investigadores Latinoamericanos; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Professor e investigador cientista na Universidad Santander de México, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de Neurociências e da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo, nos Estados Unidos. Membro da FENS, Federação Européia de Neurociências; Membro da Mensa International, Intertel e Triple Nine Society (TNS), associação e sociedades de pessoas de alto QI, esta última TNS, a mais restrita do mundo; especialista em estudos sobre comportamento humano e inteligência com mais de 100 estudos publicados.
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