Um estudo recente, liderado pelo pós-PhD em Neurociências Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, da California University FCE, em Portugal, investigou as características do Transtorno do Espectro Autista (TEA), um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta milhões de pessoas no Brasil e no mundo. A pesquisa, conduzida em colaboração com Flávio Henrique dos Santos Nascimento Bacharel em medicina pela UFCG, Vanessa Schmitz Bulcão Mestre em Psicologia Clínica e da Saúde, Gizela Silva Mestre em psicologia da educação, Elodia Avila Formada em medicina pela USP e Sophia Iris Moreira Utnick-Brennan Graduada em Justiça Criminal, foi publicada na revista científica "Emergentes".
O estudo, baseado em uma revisão bibliográfica qualitativa e exploratória de fontes nacionais e internacionais, abordou as mudanças nas nomenclaturas e classificações do TEA ao longo dos anos, desde a inclusão do autismo nos Transtornos Globais do Desenvolvimento até a adoção do termo "Transtorno do Espectro do Autismo" no DSM-5-TR e no CID-11.
A pesquisa explorou as características do autismo, incluindo dificuldades na comunicação, interação social e comportamentos repetitivos. Além disso, destacou a importância da identificação precoce de sinais de alerta, como atrasos na linguagem e dificuldades motoras, para intervenções eficazes.
O estudo também abordou as comorbidades frequentemente associadas ao TEA, como Transtorno de Ansiedade, Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). A gravidade do TEA, classificada em três níveis de acordo com o suporte necessário, também foi discutida.
Os pesquisadores enfatizaram a importância da avaliação clínica para o diagnóstico do autismo, que se baseia em critérios comportamentais e observação, uma vez que não existem marcadores biológicos ou exames definitivos. O estudo concluiu que o TEA é um transtorno complexo e heterogêneo, e cada indivíduo apresenta características únicas, tornando as generalizações inadequadas.
As descobertas deste estudo contribuem para uma compreensão mais abrangente do TEA e podem auxiliar profissionais de saúde e educação no diagnóstico precoce e no desenvolvimento de intervenções eficazes para melhorar a qualidade de vida das pessoas com autismo.