
Uma convergência de derrotas nos tribunais e no Congresso Nacional, somada ao avanço da agenda econômica do governo Lula, está impondo uma crise sem precedentes à direita e ao bolsonarismo, alterando radicalmente o cenário para as eleições de 2026.
O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou ex-presidente Jair Bolsonaro por crimes como tentativa de golpe de estado o que pirou a situação judicial dele, que já havia sido condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o tornou inelegível por oito anos. A decisão do STF enterrou qualquer expectativa de Bolsonaro disputar as eleições de 2026.
No Congresso, as bancadas bolsonaristas sofreram duas derrotas estratégicas. A PEC da Blindagem, que visava criar obstáculos a investigações contra parlamentares, foi arquivado no Senado e o projeto de Anistia aos golpistas de 8 de Janeiro está quase morto pela força das manifestações populares. O enterro dessas proposições representa um forte recado do povo contra tentativas de blindagem jurídica ou revisão de crimes antidemocráticos.
Vitórias e popularidade do governo
Enquanto a oposição enfrenta derrotas, o governo Lula acumula conquistas. Foi aprovada pela Câmara dos Deputados a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até dois salários mínimos (cerca de R$ 5.000), medida que beneficia diretamente milhões de trabalhadores. Paralelamente, avançou a taxação de dividendos e fundos exclusivos, que incide sobre as camadas mais ricas da população.
Essas vitórias legislativas, combinadas com a melhora em indicadores econômicos, refletiram no crescimento da popularidade do presidente Lula, que conforme pesquisas recentes atinge seus maiores índices de aprovação desde o início do mandato.
Cenário internacional
O isolamento político da extrema-direita foi simbolizado pelo encontro entre Lula e Donald Trump durante reunião da Assembleia Geral da ONU, nos Estados Unidos. Enquanto o presidente brasileiro se reaproxima de líderes internacionais, Bolsonaro enfrenta processos judiciais e dificuldades para se reinserir no cenário político.
Analistas políticos de todo o país avaliam que o momento é propício para que a centro-esquerda se fortaleça visando as eleições de 2026. O desafio, segundo especialistas, será eleger o maior número possível de deputados e senadores para consolidar uma bancada capaz de aprovar a agenda governista e, segundo apoiadores do governo, blindar a democracia contra riscos de ascensão autoritária.
As sucessivas derrotas impostas pelo Judiciário e Legislativo aos projetos bolsonaristas indicam um recuo do espaço político que a extrema-direita ocupou nos últimos anos, devolvendo ao centro do debate a necessidade de fortalecimento das instituições democráticas.
Jair Bolsonaro em prisão domiciliar e de tornozeleira eletrônica é o símbolo da derrocada da direita

Luiz Brandão
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